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Por que a saída do Reino Unido da União Europeia não faz a menor diferença na sua vida

O chamado Brexit, pelo menos por enquanto, vai afetar muito pouco o Brasil

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 10h50 - Publicado em 24 jun 2016, 21h15
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    Keep Calm

    A essa hora muito provavelmente você já deve estar sabendo: nesta sexta-feira, 24, foi revelado o resultado do referendo sobre a saída do Reino Unido do bloco da União Europeia, um evento que ganhou como apelido uma curta e já repetida palavrinha, o Brexit. Como já dissemos, a decisão foi tomada principalmente pela parcela mais velha dos britânicos, e pode resultar em algumas mudanças importantes dentro do reino de Elisabeth II, mas calma – isso não deve afetar a vida do brasileiro médio tão cedo.

    O ponto é que vivemos em um mundo globalizado onde decisões que envolvem nações (principalmente potências como a britânica) acabam tendo grandes efeitos no restante do planeta. Tudo bem.  Mas, às vezes, esses impactos são bem menores do que a gente imagina – e esse é exatamente o caso da saída britânica frente ao Brasil. “O impacto é muito pequeno, muito, muito reduzido. O comércio Brasil-Inglaterra não chega a representar 2% da nossa corrente de comércio”, afirma Mauro Rochlin, economista da Fundação Getúlio Vargas. Mais importante ainda é que, nossa ligação não só é pequena, como as trocas também não são essenciais para a vida do brasileiro médio. “Os produtos que compramos na Inglaterra tem muito pouco impacto no Brasil. São equipamentos de alta tecnologia, usados em automóveis, ou motores para máquinas em geral. E mesmo nesses objetos não é esperada nenhuma grande diferença de preço”, completa.

    LEIA: Como a saída do Reino Unido da União Europeia pode estragar ‘Game of Thrones’

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    Na verdade, o impacto que vai chegar por aqui é mais sobre tendências e menos sobre dinheiro. “Hoje o Mercosul é um limitador para o Brasil, e não deve ser assim. Para uma redução tarifária a determinado país, por exemplo, o Brasil tem que consultar os outros membros do grupo antes de tomar sua decisão. Talvez a decisão da Inglaterra nos sirva como exemplo para uma maior liberdade em alguns aspectos”, afirma Rochlin.

    Por enquanto, a única mudança que a gente pode sentir é na libra, que caiu quase 8% de quinta para sexta, chegou aos R$4,60 e atingiu seu menor valor em 31 anos – e pode ser que seu uísque escocês fique um pouco barato.  “Essa variação é boa para quem vai para a Inglaterra, e ruim para quem recebe os ingleses – já que o Brasil ficou mais caro para eles”. O turismo britânico seja a coisa que mais faça falta para a gente. Ano passado eles não entraram no top 5 visitantes ao Brasil, mas ficaram em oitavo lugar, com 189 mil visitantes – número que já havia sofrido uma queda de 12,79% em relação ao ano da Copa, quando 217 mil ingleses vieram dar uma voltinha por aqui.

    A situação ainda é muito nebulosa. Os verdadeiros impactos dessa decisão só começaram a ser vistas daqui cerca de dois anos. Mesmo assim, isso será sentido primeiro na Europa, e depois, talvez, por aqui. “Nossa relação com a Inglaterra é muito menos importante do que nosso fluxo com a Alemanha, por exemplo. Por aqui, os impactos serão mínimos, por enquanto”. Claro que quando o mundo muda, o Brasil muda também, mas, a princípio, pode ficar tranquilo. Nossa maior preocupação, é como isso pode afetar Game of Thrones mesmo. E bota preocupação nisso.

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