Porque o custo é alto e as pesquisas na órbita terrestre podem trazer informações mais importantes. A conquista da Lua foi, na verdade, mais política do que científica. Com o final da Segunda Guerra Mundial (1945), os Estados Unidos e a antiga União Soviética embarcaram na corrida espacial. Os soviéticos saíram na frente e puseram o primeiro homem no espaço (Yuri Gagarin) em 1961. No mesmo ano, John Kennedy, presidente dos EUA, anunciou que mandaria o homem á Lua, apesar de os cientistas recomendarem pesquisas mais próximas da Terra como prioridade.
A promessa de Kennedy acabou cumprida com a Apolo 11, em 21 de julho de 1969. No entanto, a previsão dos cientistas confirmou-se: a relação custo benefício não compensava. A Apolo 11 custou 22 bilhões de dólares. Por isso não existem projetos de voltar à Lua já, diz o astrônomo Augusto Daminelli, da Universidade de São Paulo e colaborador da SUPER. Os cientistas hoje estão mais preocupados com a tecnologia de ligas produzidas no vácuo, com as estações orbitais e com o estudo do comportamento do homem em ambientes sem gravidade.