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Uber registra patente de tecnologia que detecta passageiros bêbados

O projeto de inteligência artificial conseguiria identificar como você digita e até a forma como segura o celular para saber se está embriagado

Por Felipe Sali
12 jun 2018, 15h00

Todo motorista de Uber deixa bem claro que odeia passageiros bêbados. Ao que parece, a empresa Uber também não é lá muito fã. Um pedido de patente registrado em 2016 e divulgado esta semana mostrou que a empresa está desenvolvendo uma inteligência artificial capaz de ler o padrão de comportamento do usuário – e, possivelmente, identificar passageiros alcoolizados. De acordo com o resumo protolocado pela empresa, o propósito seria outro: a IA tem o objetivo de entender comportamentos incomuns de maneira geral entre os usuários, o que pode colaborar na segurança dos passageiros e motoristas.

A ideia é que o sistema use e compare informações como a sua localização, a precisão com a qual você digita (e quantos erros tipográficos você comete) e até mesmo o ângulo em que segura o celular. Esses dados vão servir como base para identificar o que eles chamam de “atividade de usuário não característica”. Quando isso acontecer, a empresa poderá enviar uma mensagem ao motorista informando que o passageiro está “diferente” – muito provavelmente, embriagado.

Também faz parte do projeto que a IA consiga reconhecer incidentes de segurança ou conflitos antes da viagem. Assim, a Uber poderá tomar atitudes, como, por exemplo, alterar os pontos de embarque e desembarque para áreas melhor iluminadas e de fácil acesso. No caso de um passageiro embriagado, o sistema também poderia tomar a liberdade de encaminhar a corrida para um motorista que tenha experiência e saiba lidar com situações adversas.

Nem tudo são rosas. Alguns especialistas se mostraram preocupados com certos aspectos do projeto. Se o motorista saberá que o passageiro está embriagado, isso não facilitará alguém mal intencionado a atacar pessoas vulneráveis? A corrida ficará mais cara para quem está em “atividade não característica”? Ainda não há respostas satisfatórias para essas questões.

A empresa, por sua vez, se mostra na defensiva. Em comunicado à imprensa, Uber disse que está sempre explorando novas maneiras de melhorar a experiência dos usuários, mas que registrar uma patente não significa que ela irá de fato colocar a ideia em prática.

A reputação da Uber acaba dando peso às preocupações: em 2017, foi divulgado que a empresa tentou esconder por um ano um vazamento de dados que afetou 57 milhões de contas. A empresa pagou aos hackers US$ 100.000 para que apagassem as informações dos usuários. Não seria agradável se descobríssemos que hackers podem adivinhar quando estamos de porre.

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