Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Messenger Rooms: como vai funcionar a nova plataforma de chamadas do Facebook?

O Rooms é a aposta da empresa para competir com serviços como Zoom e Houseparty, que se popularizaram com a quarentena. Veja como ele será.

Por Rafael Battaglia
27 abr 2020, 19h52

Houve um tempo em que quase todas as videoconferências aconteciam em um só lugar: o Skype. A plataforma, que pertence à Microsoft, ainda funciona normalmente, mas hoje, a concorrência é grande: Google Hangouts (ou o Meet), Zoom, Houseparty e, agora, o Messenger Rooms, o novo serviço de chamadas de vídeo do Facebook.

A ferramenta foi anunciada na última sexta (24) pelo presidente do Facebook, Mark Zuckerberg. De acordo com as informações divulgadas, o Rooms será capaz de criar “salas” virtuais para até 50 pessoas, que poderão conversar por tempo ilimitado.

Em entrevista ao site The Verge, Zuckerberg disse que a novidade é fruto dos esforços da empresa para focar em conversas privadas. “Nós estamos deslocando mais recursos da companhia para a comunicação privada e para plataformas desse tipo, ao invés de apostar apenas no modelo tradicional de rede social.” Segundo ele, Facebook e Instagram ganharão ferramentas que possibilitem o usuário encontrar grupos menores para “conexões mais íntimas”.

O Rooms deve estar disponível nas próximas semanas. É um momento oportuno – afinal, por motivos de quarentena, nunca se falou tanto por vídeo na internet: o WhatsApp e o Messenger, ambos do Facebook, têm somado 700 milhões de ligações por dia nas últimas semanas, seja por motivos acadêmicos, corporativos ou simplesmente para rever os colegas de happy hour.

É por isso que, além do Rooms, o Facebook anunciou outras mudanças em suas plataformas. O WhatsApp, agora, vai permitir até oito pessoas em seus grupos de videoconferência – antes, o limite era quatro. No Instagram, é possível assistir a lives pelo computador (um recurso antes restrito apenas ao aplicativo). Até o Facebook Gaming vai receber atualizações para transmitir vídeos de streaming.

Continua após a publicidade

De olho na concorrência

O Rooms chega com uma difícil tarefa: desbancar outros serviços que se popularizaram recentemente. O maior deles é o Zoom, uma plataforma que, no início, era voltada para reuniões virtuais de trabalho. Com recursos interessantes, como a possibilidade de gravar as chamadas e trocar a imagem de fundo da tela, o Zoom saltou de 10 milhões de usuários para mais de 300 milhões graças à quarentena. Na Bolsa de Valores de Nova York, o valor de mercado da empresa chegou a US$ 47 bilhões.

Outro app é o Houseparty, criado em 2019 e que, hoje, pertence à Epic Games, responsável pelo jogo-fenômeno Fortnite. A premissa da plataforma é oferecer reuniões descontraídas – “house party”, em inglês, quer dizer “festa em casa”. Dentro do aplicativo, é possível se juntar à qualquer sala que esteja aberta e ativar alguns jogos em grupo.

Os dois serviços, no entanto, se envolveram em polêmicas recentes de vazamento de dados. Dentre os problemas do Zoom, estavam a falta de criptografia nas mensagens, o envio de dados sem permissão de usuários de iOS ao Facebook e o hackeamento de 500 mil contas. No caso do Houseparty, alguns usuários reclamaram que suas informações vazaram, mas o caso não foi comprovado.

Continua após a publicidade

Como o Rooms vai funcionar

A nova ferramenta do Facebook vai funcionar dentro do Messenger. Será possível criar uma sala, convidar pessoas ou mesmo entrar em um grupo já existente. Para garantir a privacidade, o administrador da conversa poderá fechar a sala (impedindo que outras pessoas entrem) ou simplesmente tirar alguém.

Também será possível reportar comportamentos inadequados. E vale dizer: não será necessário possuir conta no Facebook para participar de uma chamada – basta ter o link de convite para uma conversa.

O Rooms vai pegar algumas funcionalidades emprestadas do Zoom, como editar o fundo de tela das conversas – é como se, atrás de você, estivesse uma tela de chroma key. Mas será diferente em alguns aspectos: o Rooms será gratuito, e as conversas não terão limite de tempo. No Zoom, a versão gratuita permite que as chamadas durem 40 minutos. O serviço do Facebook, contudo, não terá a função de gravar as conversas.

Continua após a publicidade

Mais para frente, a ideia é criar “rooms” (“salas”, em inglês) em outros serviços, como Instagram e WhatsApp, além de incluir no Dating, ferramenta de namoro do Facebook, a função de iniciar uma chamada de vídeo com o seu “match”.

Segundo Zuckerberg, a maior preocupação do Rooms será com a segurança dos usuários, uma vez que seus concorrentes enfrentaram problemas relacionados a isso – sem contar as polêmicas de vazamento de informação que o próprio Facebook se envolveu nos últimos anos.

Mas há um problema: o Rooms não possuirá criptografia de ponta-a-ponta, uma tecnologia que reforça a segurança das mensagens, já que os conteúdos só podem ser desbloqueados pelos seus remetentes e destinatários. No WhatsApp, por exemplo, é assim que funciona o tráfego de informações. Apesar disso, o Facebook disse que não irá ouvir ou ver o que acontecerá em suas “salas”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.