Luz no fim do túnel
Ou seja, há luz no fim do túnel. Mas está cada vez mais claro que as lojas de tijolo e cimento não desabarão.
André Santoro
Há dois anos, só um herege contestaria a lei universal: “O futuro do comércio é a internet”. Hoje, em meio à quebradeira que atingiu as mais badaladas lojas virtuais brasileiras, como a pretensiosa Submarino, há até quem duvide que a rede seja lugar para comprar e vender. Os e-pessimistas usam como argumento o fracasso de sites de e-commerce lá mesmo, nos Estados Unidos, – recentemente, dois grandes supermercados virtuais, o Webvan.com e o HomeRuns.com, entregaram os pontos. O fato é que a crise não passou. “Ainda existe um número exagerado de empresas de varejo online”, diz João Bustamante, analista de web da consultoria IDC. Mas nem tudo são trevas. Há e-lojas colecionando lucros sem fazer estardalhaço. Quase sempre são empresas que, ao contrário da virtual Submarino, existem também fora da internet. Os sites do Ponto Frio e do Magazine Luiza vão muito bem.
A Americanas.com faturou 14,5 milhões de reais no segundo trimestre de 2001 – no ano anterior, no mesmo período, só 3,8 milhões tilintaram em suas caixas registradoras virtuais. Ou seja, há luz no fim do túnel. Mas está cada vez mais claro que as lojas de tijolo e cimento não desabarão.