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Conheça o Mortal Kombat da vida real

Com armadura high-tech, lutadores podem usar ataques brutais e o placar é medido com a famosa "barrinha de vida"

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 11 mar 2024, 10h03 - Publicado em 28 abr 2016, 18h30

Uma mistura de UFC com videogame: essa é a promessa do Unified Weapons Master, uma nova modalidade esportiva criada na Austrália. O esporte quer organizar lutas entre os maiores especialistas em várias armas de artes marciais, de machados a espadas samurais – como se fosse uma luta entre dois personagens de Mortal Kombat, só que de verdade, em uma arena, com espectadores.

É claro que hoje em dia não é comum ver uma modalidade de esporte com armas assim tão perigosas. Por razões óbvias: coloca os participantes em risco. E é aí que entra a invenção da empresa que criou o UWM, uma armadura poderosa, feita de Kevlar (o material dos coletes a prova de balas). Ela é forte o bastante para proteger os lutadores, mas leve o suficiente para deixá-los ágeis.

E a armadura faz mais do que isso. Ela é coberta por sensores, que acompanham o local e o impacto de cada golpe. A ideia é aproveitar ao máximo toda a informação que a armadura consegue produzir e criar um “entretenimento de dados”, informando o espectador em tempo real a velocidade e a força da pancada – um jeito bem high tech de acompanhar um ranking das maiores porradas.

 

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JOGUE: Science Kombat

E, se ninguém se machuca, quem é que ganha? Em campeonatos como o UFC, se não existe nocaute e nenhum dos oponentes desiste, uma mesa de juízes dá pontos para cada atleta de acordo com quem acha que lutou melhor.

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Já o UWM decidiu ressuscitar a famosa “barrinha da vida” de jogos como Mortal Kombat. Os sensores sabem avaliar se um ataque com um bastão deixaria só um roxo ou um braço quebrado em alguém desprotegido. A porcentagem de vida de cada lutador vai caindo de acordo com a força e o lugar do golpe que receber.

O equipamento ainda precisa ser aperfeiçoado. Apesar de permitir flexibilidade para acrobacias como paradas de mão e estrelas, a armadura esquenta muito. Nas primeiras lutas-teste, realizadas na Nova Zelândia, os rounds duravam só 90 segundos, para que os competidores pudessem parar e se refrescar, metade do que dura a rodada de uma luta de boxe, por exemplo.

Para além do entretenimento, a armadura já chamou a atenção dos departamentos de defesa dos Estados Unidos de outros quatro países, segundo o jornal The Economist. Eles pretendem usar a proteção para treinamentos militares avançados.

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