Vista da Terra, ela é uma estrela tão fraquinha que mal aparece a olho nu, ao lado da cabeça da Constelação de Escorpião (veja o quadro ao lado). Nem nome direito ela tem, só um número por apelido: 18 de Escorpião. A 46 anos-luz da Terra (1 ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros), ela está recebendo a maior atenção depois que dois astrônomos brasileiros descobriram que é uma irmã gêmea do Sol. Gustavo Porto de Mello, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Lício da Silva, do Observatório Nacional, analisaram a luz emitida pela 18 do Escorpião. E viram que a estrelinha tem a mesma massa, temperatura, velocidade de rotação e composição química do Sol. Isso é ótimo, pois as semelhanças fazem dela uma boa candidata a possuir planetas ao seu redor. Mais do que isso, as características similares dão ao eventual sistema solar boas condições para abrigar a vida. “A 18 é só um pouco mais velha e emite 5% mais luz que o Sol”, explicou Gustavo à SUPER.
“O que não é problema para o nascimento de organismos, já que até a radiação solar que atinge a Terra pode variar em 7%.”