Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

8 histórias macabras de objetos que já foram hackeados

Em tempos de Black Mirror, tudo que tem um computador dentro pode ser - e é - hackeado.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 Maio 2017, 19h41 - Publicado em 25 out 2016, 19h01

Hackers são motivados por desafios. Trolls, pela vontade de tirar com a cara alheia. Em tempos de Black Mirror, a mistura entre um hacker e um troll é um nerd que hackeia vibradores e privadas. Alguém que junta determinação e más intenções, porém, leva essa equação além: comete assassinato ou terrorismo usando só o teclado. Conheça 8 objetos que nem nas distopias mais tragicômicas você pensou que poderiam ser hackeados:

Vibrador

gif1

Hackers sempre invadiram a intimidade das pessoas- mas hoje, fazem isso do jeito mais literal possível. A WeVibe é uma marca de brinquedos sexuais inteligentes, controlados por um aplicativo de celular. São pensados para casais que namoram à distância, e poderiam trocar “carinhos” através dos seus smartphones. Mas logo as falhas de toda essa smart tech apareceram.

Os hackers Goldfish e Follower  mostraram que a rede de conexão entre o celular e o vibrador era pouco segura. Na prática, isso significa que um invasor, com pouco esforço, podia ligar e desligar o brinquedo de qualquer lugar, sem o controle do usuário. O ataque pode parecer caricato, mas é um sério motivo para preocupação: “Um vibrador ligado contra a vontade de alguém é uma agressão sexual em potencial”, falou um dos experts.

Continua após a publicidade

Se não bastasse a falta de segurança, a privacidade também não é lá essas coisas: para fazer “pesquisas de mercado”, o computador dentro do vibrador manda as configurações e a frequência com que ele é usado para a empresa fabricante  – mas ninguém sabe onde esse tipo de informação vai parar.

Relógio infantil

gif2

Foi-se o tempo em que um relógio plástico do Mickey era o mais perto que as crianças (e os protagonistas de Dan Brown) chegavam de ver as horas. Hoje em dia, existem smartwatches e tablets especializados para o público infantil. Na teoria, é para permitir que eles aproveitem a tecnologia protegidos contra os perigos da internet.

Continua após a publicidade

Na prática, aconteceu o contrário: a VTech, empresa que fabrica esses produtos, teve um vazamento de dados de 6 milhões de crianças. Os cadastros que elas fizeram para acessar as lojas de aplicativos incluem nomes, endereços e datas de nascimento e foram todos parar nas mãos dos hackers que invadiram o sistema da empresa.

Caminhonete

gif6

Um jornalista da Wired estava dirigindo uma Cherokee que, de repente, a intensidade do ar condicionado aumentou sozinha. No meio da ventania, o rádio mudou de estação, o limpador de para-brisa ligou e o câmbio já não respondia. Felizmente, não era motivo para pânico – os hackers, dessa vez, eram contratados pela fabricante do carro para testar se o sistema digital tinha risco de ser invadido à distância. O lado ruim é que o teste provou que o sistema estava vulnerável a hackers que poderiam não ser tão bonzinhos assim.

Continua após a publicidade

Marca-passo

pacemaker

Sistemas de banco podem ser invadidos por justiça social, sites do governo por protesto, brinquedos sexuais pela zoeira… Mas a coisa fica mais assustadora quando falamos de softwares de saúde. Muitos marca-passos modernos se comunicam com computadores para produzir dados médicos sobre o quadro cardiovascular do paciente. Assim como no vibrador, essa conexão não é a mais segura possível.

Na Universidade do Alabama, que tem um dos simuladores do corpo humano mais realistas do mundo, os alunos conseguiram invadir a conexão, acelerar e reduzir a frequência cardíaca do falso humano e provocar a morte do simulador. Isso com pouca experiência específica sobre ataques a sistemas. E eles garantem que dá para fazer o mesmo em marca-passos e bombas de insulina de humanos de verdade.

Continua após a publicidade

Babá eletrônica

baby

Sabe o que falamos dos trolls? Pelo menos um deles se aproveitou das falhas de segurança de uma babá eletrônica para gritar com o bebê do outro lado. Não foi um caso isolado – mais de 9 marcas de monitores infantis se mostraram vulneráveis a invasões e a história de uma família que começou a ouvir vozes vindas da caixa de som do aparelho parece vir diretamente de um filme de terror.

Scanner de aeroporto

aeroporto

Continua após a publicidade

Dois pesquisadores compraram uma máquina de raio-x pela internet, viraram-na do avesso e começaram a estudar as entranhas do bicho. De acordo com a dupla, existe uma ferramenta do sistema, utilizada para ensinar os operadores. Ela permite sobrepor, na imagem real do scanner, conteúdos como bombas ou armas, para que o operador aprenda a reconhecê-los sem precisar ter uma bomba para o treinamento.

O problema é que essa capacidade de sobrepor imagens fica acessível pelo computador do supervisor de segurança do aeroporto. Os pesquisadores demonstraram que é possível hackear o sistema, ultrapassar a barreira de login e senha do supervisor e subverter a imagem do scanner pelos registros de uma mala que só contém meias e roupas inofensivas, mesmo que ela contenha armamentos.

Satélite em órbita

hackers

O sistema Iridium de satélites para telecomunicação foi lançado em 1980. Em 1988, o software já estava meio desatualizado para a época. Só por brincadeira, uma convenção de hackers em 2015 resolveu usar um sistema de rádio para capturar todas as frequências, filtrar aquelas que pertencem à rede de satélites e ficar bisbilhotando a informação enviada e devolvida da órbita terrestre. Foi tão fácil que, para se enfiar ali, os hackers não precisaram de mais do que de um Raspberry Pi – um microcomputador que custa 25 dólares – e conseguiram captar até 50% de todos os dados enviados ao sistema.

Privadas

privada

Conte com o Japão para desenvolver uma privada inteligente. O Satis te permite dar descarga e abaixar a tampa do vaso via aplicativo do celular – o que parece um ótimo jeito de diminuir grande parte das brigas nos casamentos. Só que, mais uma vez, a empresa subestimou a segurança da Internet das Coisas. E do jeito mais bobo possível: a companhia de segurança Trustwave mostrou que a senha padrão da conexão Bluetooth das privadas é 0000. Muita gente não se dá ao trabalho de trocar essa chave e o resultado é uma privada que pode, misteriosamente, começar a se mexer sozinha, como essa aqui embaixo. Ó, admirável mundo novo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.