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6 coisas para conhecer melhor o Uber

Por que um aplicativo causa tanta polêmica?

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 24 jul 2015, 15h00

O aplicativo chegou aos celulares norte-americanos em 2010, e de lá para cá já cresceu muito: está presente em 56 países e vale 50 bilhões de dólares. A startup do Vale do Silício possui uma premissa simples: conecta motoristas particulares a passageiros, em uma espécie de “carona remunerada”. É bem parecido com um táxi, só que para se tornar um motorista Uber é infinitamente mais fácil. É necessário um cadastro com dados para checagem, como carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada. Depois, um treinamento de algumas horas. Hoje, o app está presente em 4 cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Listamos aqui 6 informações para você saber mais sobre esse serviço que atrai mais de 1 milhão de passageiros por dia.

1. Eles querem utilizar carros que dirigem sozinhos

O Uber possui uma parceria com a Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, para o desenvolvimento de carros autônomos, ou, em outras palavras, carros-robôs, que não precisam de um motorista. É um pouco assustador, mas acredite: esse é o futuro do automobilismo.

 

2. Existem muitas (e graves) acusações de assedio e violência sexual de motoristas contra passageiras

Na Índia, um motorista foi preso no começo de junho, acusado de assedio sexual. O aplicativo já tinha sido proibido no país após uma passageira ter sido estuprada, mas foi retomado em dezembro do ano passado. Em Boston, uma mulher pediu ajuda depois que o motorista passou a mão em seu corpo. Já em Houston, uma mulher acordou em uma cama desconhecida: ela havia sido estuprada  pelo motorista, que foi preso. E, infelizmente, esses casos estão longe de ser únicos.

 

3. Em resposta aos abusos praticados por motoristas homens, prometeram que até 2020 terão 1 milhão de motoristas mulheres

Apenas 14% do total de motoristas Uber nos Estados Unidos são mulheres. A iniciativa pretende beneficiar especialmente mães que precisam de uma renda extra, que cuidam da casa e dos filhos. Seria um bom trabalho, já que não é exigido um tempo mínimo de serviço nem horários certos.

 

4. A concorrência que eles têm praticado é bem desleal

A empresa foi acusada de tentar sabotar o Lyft, aplicativo com uma proposta muito similar ao do Uber. Eles teriam pedido mais de 5.000 corridas para  o concorrente, durante um ano. Só que cancelaram todas antes de o carro chegar.

 

5. Em São Francisco, o uso dos táxis já caiu 65%

É claro que não é tudo culpa do Uber. Entram também na conta outros fatores e aplicativos, como o Lyft, citado acima. Os dados foram coletados entre 2012 e 2014, período em que os apps já eram amplamente utilizados nos Estados Unidos. O Uber fez tanto sucesso porque oferece preços competitivos, com carros mais luxuosos que táxis comuns. Ainda possui um atendimento mais rápido e facilidade na hora do pagamento: o número do cartão de crédito do passageiro fica guardado no aplicativo, e a corrida vai automaticamente para a fatura.

 

6. Aparentemente eles não gostam muito de jornalistas…

Mais uma polêmica. No ano passado, o vice-presidente sênior Emil Michael soltou uma declaração infeliz. Em um jantar, ele disse que iria gastar um milhão de dólares para procurar podres sobre a vida de jornalistas que falassem mal do Uber. O tiro saiu pela culatra, pois um repórter do Buzzfeed ouviu tudo e escreveu uma matéria sobre o ocorrido. Michael já se desculpou, e a empresa afirmou que a atitude não condiz com suas políticas. Mas não é só isso: o chefe do escritório de Nova York usou recursos do aplicativo para rastrear as corridas que a jornalista Johana Bhuiyhan, sediada na mesma cidade, fazia com os carros Uber. E ela também soltou o verbo no Buzzfeed. 

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