O aplicativo chegou aos celulares norte-americanos em 2010, e de lá para cá já cresceu muito: está presente em 56 países e vale 50 bilhões de dólares. A startup do Vale do Silício possui uma premissa simples: conecta motoristas particulares a passageiros, em uma espécie de “carona remunerada”. É bem parecido com um táxi, só que para se tornar um motorista Uber é infinitamente mais fácil. É necessário um cadastro com dados para checagem, como carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada. Depois, um treinamento de algumas horas. Hoje, o app está presente em 4 cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Listamos aqui 6 informações para você saber mais sobre esse serviço que atrai mais de 1 milhão de passageiros por dia.
1. Eles querem utilizar carros que dirigem sozinhos
O Uber possui uma parceria com a Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, para o desenvolvimento de carros autônomos, ou, em outras palavras, carros-robôs, que não precisam de um motorista. É um pouco assustador, mas acredite: esse é o futuro do automobilismo.
2. Existem muitas (e graves) acusações de assedio e violência sexual de motoristas contra passageiras
Na Índia, um motorista foi preso no começo de junho, acusado de assedio sexual. O aplicativo já tinha sido proibido no país após uma passageira ter sido estuprada, mas foi retomado em dezembro do ano passado. Em Boston, uma mulher pediu ajuda depois que o motorista passou a mão em seu corpo. Já em Houston, uma mulher acordou em uma cama desconhecida: ela havia sido estuprada pelo motorista, que foi preso. E, infelizmente, esses casos estão longe de ser únicos.
Apenas 14% do total de motoristas Uber nos Estados Unidos são mulheres. A iniciativa pretende beneficiar especialmente mães que precisam de uma renda extra, que cuidam da casa e dos filhos. Seria um bom trabalho, já que não é exigido um tempo mínimo de serviço nem horários certos.
4. A concorrência que eles têm praticado é bem desleal
A empresa foi acusada de tentar sabotar o Lyft, aplicativo com uma proposta muito similar ao do Uber. Eles teriam pedido mais de 5.000 corridas para o concorrente, durante um ano. Só que cancelaram todas antes de o carro chegar.
5. Em São Francisco, o uso dos táxis já caiu 65%
É claro que não é tudo culpa do Uber. Entram também na conta outros fatores e aplicativos, como o Lyft, citado acima. Os dados foram coletados entre 2012 e 2014, período em que os apps já eram amplamente utilizados nos Estados Unidos. O Uber fez tanto sucesso porque oferece preços competitivos, com carros mais luxuosos que táxis comuns. Ainda possui um atendimento mais rápido e facilidade na hora do pagamento: o número do cartão de crédito do passageiro fica guardado no aplicativo, e a corrida vai automaticamente para a fatura.
6. Aparentemente eles não gostam muito de jornalistas…
Mais uma polêmica. No ano passado, o vice-presidente sênior Emil Michael soltou uma declaração infeliz. Em um jantar, ele disse que iria gastar um milhão de dólares para procurar podres sobre a vida de jornalistas que falassem mal do Uber. O tiro saiu pela culatra, pois um repórter do Buzzfeed ouviu tudo e escreveu uma matéria sobre o ocorrido. Michael já se desculpou, e a empresa afirmou que a atitude não condiz com suas políticas. Mas não é só isso: o chefe do escritório de Nova York usou recursos do aplicativo para rastrear as corridas que a jornalista Johana Bhuiyhan, sediada na mesma cidade, fazia com os carros Uber. E ela também soltou o verbo no Buzzfeed.