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Mórmons: do Velho Oeste ao TikTok

Em 1823, um adolescente nova-iorquino criou uma religião spin-off do cristianismo, polêmica e discretamente poligâmica. Ele fundou o estado de Utah, peitou o Exército Americano, acumulou mais de US$ 200 bilhões e hoje tem 17 milhões de convertidos. Entenda quem são os santos dos últimos dias – e como eles adaptaram suas crenças ao mundo atual.

Por Bela Lobato
19 fev 2025, 10h00

Em 27 de junho de 1844, Joseph Smith era o líder de uma religião que só crescia, comandante de uma milícia armada de 5 mil homens, prefeito de uma pequena cidade que ele mesmo fundou e candidato a presidente dos EUA. Só tinha um problema na vida: estava preso.

Um dia, em sua cela, Smith ouviu os primeiros sinais de uma multidão se aproximando. Disse aos guardas que aqueles homens eram sua Legião e vinham para resgatá-lo, mas se enganou. Com rostos pintados de pólvora e armas nas mãos, a turba invadiu a cadeia para matá-lo.

Minutos depois, Joseph Smith se tornou o primeiro candidato a presidente dos EUA a ser assassinado. Levou três tiros tentando fugir pela janela do segundo andar, caiu na rua e acabou capturado por um pelotão de fuzilamento.

Esse desfecho trágico era questão de tempo. Catorze anos após fundar o mormonismo, Smith tinha milhares de seguidores apaixonados e inimigos poderosos em quatro estados americanos. Sua execução deixou um vácuo de poder que fragmentou a religião recém-inventada e mudou a história do então inabitado Velho Oeste dos EUA.

Nas próximas páginas, vamos contar como um rapaz da zona rural do estado de Nova York se tornou o profeta, fundador e vítima de uma doutrina que hoje acumula 17 milhões de convertidos – e uma fortuna que, no campo da fé, só fica atrás da Igreja Católica. Começando pelo começo.

O Livro de Mórmon

No século 19, a região do nordeste dos EUA onde Smith cresceu foi berço de famílias protestantes extremamente conservadoras e de um número excepcional de movimentos religiosos e ideológicos exóticos, vários dos quais existem até hoje.

Smith era um adolescente extremamente religioso e teve sua primeira visão com Deus e Jesus Cristo em 1820, aos 15 anos. Ao mesmo tempo, começou uma carreira de místico procurando tesouros – um esoterismo que estava na moda. Ele pegava uma ou duas pedrinhas com supostas propriedades de vidência e as colocava dentro de uma cartola. Então, cobria o rosto com o chapelão e contemplava a interação da luz com as gemas em busca de revelações.

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Em 1827 de acordo com Smith, um anjo o visitou e o guiou floresta adentro até um livro que continha inscrições em hieróglifos egípcios reformados, talhados em placas de ouro em vez de papel. A obra de mais de 15 kg fora escrita por um certo Mórmon, um profeta e historiador que teria vivido no século 4, um milênio antes da colonização da América.

Entre as várias histórias do livro está a dos nefitas, um povo hipotético que teria deixado Jerusalém em 600 a.C. a pedido do Deus judaico-cristão para colonizar o lado de cá do Atlântico. Em 34 d.C., eles foram visitados na América pelo recém-ressuscitado Jesus Cristo. Ele desceu do céu e orientou que fundassem uma Igreja em seu nome. Essa Igreja e os nefitas teriam existido por alguns séculos antes de serem destruídos por outro povo, os lamanitas – que, aliás, teriam dado origem às etnias nativo-americanas.

Antes da extinção completa dos nefitas, Mórmon registrou tudo o que sabia no livro de ouro, que foi escondido por seu filho Moroni. Foi ele que retornou em forma de anjo, séculos depois, para avisar Smith de que ele era o escolhido para o resgate e a tradução da relíquia.

Ilustração de duas pessoas num bosque.
Na ilustração acima, o anjo Moroni. Na mitologia da Igreja SUD, ele é filho do autor do Livro de Mórmon, e aparecia nos sonhos de Joseph Smith para orientá-lo a recuperar as placas de ouro com as escrituras originais em uma floresta em Palmyra, Nova York. O local hoje se chama Monte Cumora e é sagrado para os mórmons – muitos acreditam que ali foi o palco da batalha final entre os nefitas e os lamanitas. (Sharisy Pezzi/Superinteressante)

Questões de fé à parte, é bom fazer alguns disclaimers baseados em evidências sobre o mito fundador do Movimento dos Santos dos Últimos Dias (mais conhecido pela sigla SUD). Primeiro: não existem hieróglifos “reformados”. O copta – que foi o último estágio da língua egípcia original antes de os islâmicos introduzirem o árabe – já era escrito com um alfabeto em vez de hieróglifos.

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O segundo problema é que, reza a lenda, Smith traduziu tudo para o inglês com a ajuda de duas pedrinhas de vidência. Os símbolos misteriosos não foram um problema, porque o jovem profeta não precisava ter o livro em mãos ou estar no mesmo ambiente que ele. Bastava enfiar a cabeça na cartola para ver as palavras sagradas.

Por fim, checar a tradução ou a existência das placas de ouro é impossível: de acordo com Smith, depois da tradução, o anjo Moroni pediu o livro de volta, e ele nunca mais foi visto. O Livro de Mórmon foi publicado em 1830, mas, como a religião crê em revelações contínuas, a doutrina sempre pode ser modificada por novos recados divinos.

A doutrina mórmon incorpora a mitologia cristã, e muitos mórmons, inclusive, acreditam que o único cristianismo válido é a versão revelada por Joseph Smith. Tanto a Igreja Católica como os protestantes, porém, se negam a reconhecê-los como cristãos.

Smith em turnê

Os primeiros seguidores de Smith formaram a então chamada Igreja de Cristo (a sigla SUD viria só depois) e começaram 17 anos de migração pelos EUA. Em busca de um local isolado para se assentar, os colonos tentaram fundar uma cidade mórmon em seis estados diferentes [veja o mapa abaixo], o que envolveu tiroteios violentos, ocupações irregulares e crimes peculiares – como criar um banco central próprio, com papel-moeda inventado.

Infográfico, em fundo beje, sobre a migração dos mórmons dentro dos Estados Unidos.
(Juliana Krauss/Superinteressante)
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O fim da jornada foi o estado de Illinois, onde Smith criou a cidadezinha Nauvoo, com 12 mil habitantes. Lá, Smith se tornou o homem poderoso do início do texto: era prefeito, profeta e líder da Legião Nauvoo, seu exército particular de 5 mil homens. Um outro regimento frequentava sua casa: suas quarenta esposas. Supostamente sob ordem divina, ele autorizava a poligamia para si e seus seguidores mais próximos – mas escondia a prática do povo.

Acabou rolando um exposed do harém. Smith foi indiciado por “perjúria, fornicação e poligamia” após uma denúncia que partiu do condado vizinho, e um grupo de fiéis revoltados com essa revelação nada divina criou o Nauvoo Expositor – um jornal dedicado a denunciar suas incoerências e clamar por uma reforma. (Só em 2014, diga-se, a Igreja SUD admitiu que Smith recomendava o casamento plural para seu parças e pedia segredo.)

Smith excomungou os envolvidos no Nauvoo Expositor, determinou a destruição das instalações do jornal e declarou lei marcial para liderar sua Legião numa insurreição contra Illinois. Acabou acusado por traição contra o Estado, incitação à rebelião e uma série de outros crimes – e, depois de passar um tempo foragido, se entregou e foi preso. Essa história, você já sabe como termina.

A crise sucessória que se seguiu ao assassinato de Smith desencadeou a criação de pelo menos seis igrejas mórmons além da SUD, que permanece sendo a mais popular. Seus seguidores foram expulsos de Illinois a tiros – e, em 1846, a maioria deles seguiu o sucessor de Smith, um jovem chamado Brigham Young, em mais uma grande migração.

Esta seria a última: depois de andar 2,1 mil km, eles se estabeleceram em um território então pertencente ao México, que depois se tornaria o estado de Utah. Durante a jornada, os mórmons participaram de quatro pequenas guerras e oito massacres contra indígenas, reduzindo a população local a 14% da original no final do século 19. Esse era o Velho Oeste da vida real, sem Clint Eastwood de colírio.

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Como presidente da Igreja, profeta e posteriormente governador de Utah – o território acabaria passando para as mãos dos EUA em 1850 –, Young liberou a poligamia (ele tinha 56 esposas) e regulamentou a escravidão de negros e indígenas. Também proibiu a presença de pessoas negras ou com ascendência africana nos templos. Em 1858, quando o governo federal se encheu e mandou o Exército para retirar o teocrata do cargo à força, Young convocou a Legião Nauvoo e iniciou mais uma insurreição, mas acabou rendido.

Nas décadas seguintes, a Igreja se pacificou e se internacionalizou: Utah recebeu milhares de mórmons convertidos, e as missões alcançavam regiões distantes. A expansão veio junto de um grande esforço de pesquisa pelas Américas em busca de indícios arqueológicos do Livro de Mórmon e da civilização nefita (que não existiu – mesmo porque as descrições da obra são repletas de anacronismos: não existiam bússolas na Antiguidade nem elefantes nas Américas). Hoje, alguns mórmons reconhecem o caráter alegórico da obra, mas a posição oficial da Igreja SUD é a de que “evidências seculares não podem provar nem refutar o Livro de Mórmon”.

A Igreja também foi uma importante financiadora de estudos sobre genealogia – desde 1894, é dona da FamilySearch, a maior instituição de pesquisa genealógica do mundo. Conhecer os antepassados permite um rito polêmico: o batismo dos mortos, em que o falecido supostamente recebe um recado no além-vida e decide se quer se converter. A ideia é dar uma chance de ser mórmon aos antepassados que não puderam sê-lo em vida.

Ilustração de pessoas reunidas em torno de fotografias e livros.
Durante décadas, a Igreja Católica e outras instituições cederam registros sobre árvores genealógicas à base FamilySearch, dos mórmons, em troca da digitalização e organização dos dados – que são acessíveis por qualquer um e usados principalmente para a prática polêmica do batismo dos mortos. A Igreja SUD também financiou pesquisas por toda a América em busca de evidências arqueológicas do Livro de Mórmon, que levaram a outras descobertas importantes. (Sharisy Pezzi/Superinteressante)

Um Brasil de Cains

A genealogia também cumpria um papel muito importante na expansão da religião no começo do século 20: verificar a pureza racial dos fiéis. O Livro de Mórmon diz que os africanos descendem de dois personagens bíblicos amaldiçoados: Caim, aquele que matou o próprio irmão; e Cam, que zombou da nudez do próprio pai, Noé. A pele escura seria a marca dessa maldição. Por isso, essas pessoas não podiam participar de nenhum rito, e novos fiéis tinham que provar que não havia africanos em suas árvores genealógicas.

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A norma ficou inviável quando os missionários começaram a chegar ao Brasil. Nos primeiros onze anos por aqui, as missões focaram apenas em colônias alemãs no Sul. Isso só mudou em 1939, quando o governo Vargas – com medo de que as colônias japonesas e alemãs aprontassem algo na 2ª Guerra – proibiu o uso público de outras línguas que não fossem o português.

Com o tempo as exigências de pureza racial foram se flexibilizando informalmente aqui em Pindorama. A maioria dos brasileiros, afinal, não tem sequer meios de mapear a própria genealogia – muito menos de garantir que não há africanos nela. A pressão lá fora também aumentou: nos anos 1970, o governo dos EUA ameaçou pôr fim à isenção de impostos caso os mórmons não abolissem o regulamento racista. Em 1978, a norma caiu de vez.

Ilustração de uma senhora recebendo dois jovens mórmons na porta de casa.
Talvez você já tenha visto uma dupla de missionários mórmons andando pelo seu bairro, com roupas sociais alinhadas e uma plaquinha no peito. Hoje em dia, fiéis nos EUA aprendem português desde crianças para evangelizarem no Brasil – e o mesmo vale para outros idiomas e países. As missões começaram ainda na década de 1830, mas a expansão pelos EUA não foi sempre cordial. Foram pelo menos 15 conflitos violentos no século 19, sendo que alguns duraram anos. (Sharisy Pezzi/Superinteressante)

“No Brasil, há tanto sangue negro na população que é difícil conseguir líderes que não tenham sangue negro. E acabamos de construir um templo lá embaixo”, opinou na época Legrand Richards, um clérigo do topo da hierarquia. Ele se referia ao templo de São Paulo, o 17º do mundo e 1º da América do Sul, inaugurado em 1976 com o apoio de fiéis negros que nem sequer podiam frequentá-lo.

A estratégia caiu muito bem: o Brasil hoje tem o terceiro maior contingente de santos dos últimos dias, atrás apenas dos EUA e do México. Aliás, desde 2018, é assim que os seguidores da SUD pedem para ser chamados, se afastando do rótulo de “mórmons”.

É difícil estimar a população exata, já que a Igreja conta os convertidos – mas só uma minoria deles realmente adota a fé na prática. Nos Censos de 2000 e 2010, o número de brasileiros que se autodeclararam santos dos últimos dias foi respectivamente 75% e 78% menor que os dados da SUD. Os dados de religião do Censo 2022 ainda não saíram, mas a Igreja estima 1,5 milhão de convertidos no País e 17 milhões no mundo – pouco mais que os 15,7 milhões de judeus.

Mais de 90% dos seguidores de Joseph Smith pertencem à Igreja SUD, mas existem outras denominações mórmons. A segunda maior, Comunidade de Cristo (anteriormente conhecida como Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), reúne cerca de 250 mil pessoas em uma doutrina mais liberal do que a SUD – que aceita homossexuais, por exemplo. Já a Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ainda pratica poligamia e bane pessoas negras.

De Utah ao TikTok

Os fiéis contribuem com 10% de sua renda anual desde os anos 1830. O dízimo não é obrigatório e é recolhido anonimamente, mas, na prática, espera–se que ele seja pago. O patrimônio da Igreja é mantido em segredo na maioria dos países em que ela atua, mas dá para fazer uma conta de padeiro: milhões de seguidores  x  10% do patrimônio anual x 195 anos = muito dinheiro.

O padeiro em questão é a Widow’s Mite, uma organização voluntária, anônima e sem fins lucrativos que faz relatórios sobre as finanças da Igreja SUD com base em dados públicos. É coisa séria: no site oficial, eles explicam as fontes dos dados, as metodologias de coleta e a política de correção das informações, “com a intenção de ser o mais verificável possível”.

Segundo o relatório de 2024, a Igreja acumula US$ 293 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhões) em ações, títulos, imóveis e propriedades agrícolas em todo o mundo. Boa parte desse patrimônio está em terrenos enormes doados à Igreja – como uma fazenda em Unaí, em Minas Gerais, que, segundo a Widow’s Mite, é a sexta propriedade mórmon mais valiosa do mundo.

Infográfico, em fundo beje, sobre as finanças dos mórmons nos Estados Unidos.
(Juliana Krauss/Superinteressante)

Se esses dados estiverem corretos, a Igreja é a segunda religião mais rica do mundo, atrás apenas da Igreja Católica, que também não divulga patrimônio – mas que é dona de, bem, um país. A Igreja SUD foi procurada pela Super para prestar esclarecimentos sobre esses e outros assuntos discutidos na matéria, mas não respondeu a tempo do fechamento da edição.

A mentalidade de formiga é parte importante da tradição mórmon. Eles estão sempre preparados para imprevistos e conflitos (especialmente os que supostamente vão preceder o novo retorno de Jesus). A Widow’s Mite calcula que a Igreja poderia se sustentar para sempre com os investimentos atuais – e até aumentar as doações humanitárias.

Todo esse dinheiro é destinado à construção e manutenção dos mais de 200 templos e capelas ao redor do mundo, às missões internacionais e a ações educacionais, como a Universidade Brigham Young (BYU), em Utah. Por lá, os professores podem ser demitidos, censurados e excomungados por causa de seus posicionamentos.

Desde 1999, a BYU integra a lista de instituições que limitam a liberdade acadêmica da Associação Americana de Professores Universitários. Em linha com as prescrições originais de Smith, são proibidos café, chá, tabaco, álcool, maconha e relações sexuais pré-maritais ou homossexuais. Barbas, cabelos pintados e piercings passaram a ser banidos nos anos 1960 como uma reação à contracultura e aos hippies (ainda que Brigham Young fosse barbado em um grau darwiniano).

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Com mais de 35 mil alunos, a universidade é hoje uma ponte entre o mundo SUD e o TikTok. A rede tem até dicas de looks adaptados às roupas íntimas mórmons – um conjunto de ceroula e camiseta usado pelos fiéis hardcore.

Um tema comum dos vídeos curtinhos são as supostas estratégias para burlar a regra da castidade. A mais comentada se chama soaking – “molhar o biscoito”, em tradução livre. Os estudantes encaixam os genitais um no outro, mas não podem se mexer. Precisam que um amigo assaz caridoso erga e balance o colchão. (A maioria dos santos dos últimos dias afirma que a prática nunca existiu, e que ninguém em sã consciência acha que há uma brecha no regulamento. Muitos balançadores de cama assumidos discordam.)

O interesse por essas peculiaridades já transbordou do TikTok e chegou à TV a cabo. Em 2015, a TLC lançou My husband is not gay (“meu marido não é gay”, em tradução literal), um programa especial que acompanha homens mórmons que sentem atração por homens, mas não se identificam como gays ou bissexuais. Já em 2022, o reality A vida secreta das esposas mórmons, da Hulu, trouxe influenciadoras de Utah envolvidas em um escândalo sexual com orgias e swing entre casais da Igreja.

Conteúdos como esses têm bilhões de visualizações nas redes e caixas de comentários lotadas de perguntas que ficam sem resposta. Depois de conhecer a história dos mórmons, dá para entender por que: com os hieróglifos, pedras e cartolas de seu mito fundador, eles são um retrato vivo do Velho Oeste dos EUA no século 19 – a fronteira indomada dos colonos brancos, terra fértil de profetas e assombrada pela dor dos indígenas massacrados em suas próprias terras. Escreveu L. P. Hartley: “O passado é um país estrangeiro, eles fazem as coisas de modo diferente por lá”.

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