Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

FBI quer identificar criminosos pelas tatuagens

A ideia é usar 100 mil fotografias como parâmetro para definir tattoos que se relacionem com atividades violentas e criminosas.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 10h56 - Publicado em 6 jun 2016, 15h15

Pensa em fazer uma tatuagem? Vale a pena passar um tempo escolhendo o desenho – e não só porque ele é permanente. O FBI quer criar um software que identifique, automaticamente, tattoos relacionadas a organizações criminosas, a grupos religiosos, a ideologias políticas e a gangues – quase um Minority Report baseado em tatuagens. 

A cada 5 adultos nos Estados Unidos, um é tatuado – mas, apesar de alguns desenhos serem iguais, as tattoos são sempre únicas, e a maioria tem um significado maior do que o exposto no desenho. A ideia, então, é criar um programa de computador que possa reconhecer e classificar alguns desses significados, especialmente os que tenham a ver com comportamentos violentos. O software funcionaria a partir de um banco de imagens, composto por milhares de fotos de tatuagens de presidiários. São dois objetivos: primeiro, identificar pessoas usando os desenhos na pele; segundo, verificar se essas pessoas participam de grupos violentos, como gangues ou organizações criminosas. 

LEIA: 1º Censo de Tatuagem do Brasil

O FBI não está sozinho nessa: o projeto está sendo desenvolvido junto com o Instituto Nacional de Tecnologia (NIST), uma das instituições federais mais antigas dos EUA. Desde 2014, o NIST reuniu 15 mil fotos de tatuagens de presidiários, a partir das quais é possível interpretar símbolos culturais com 90% de acerto. Mas o segundo objetivo do software – reconhecer pessoas só pelas tattoos – ainda não é possível. Por isso, o próximo passo é alimentar mais ainda o banco de imagens: o FBI e o Instituto pretendem completar 100 mil fotografias de tatuagens, com imagens dos presídios da Flórida, no Tennessee e em Michigan.

Mas até que ponto usar tatuagens para identificar criminosos é ético? A Electronic Frontier Foundation (EFF), uma organização que defende os direitos civis no mundo digital, se colocou contra o projeto. Para ela, o software viola a liberdade de expressão e a privacidade – não só porque as pessoas seriam classificadas automaticamente como criminosas apenas pelas suas tatuagens, mas também porque muitas das fotos tiradas de presidiários continham informações pessoais (como nomes, datas de aniversário e até retratos), e foram expostas sem permissão. Para piorar, a EFF acusa o FBI de ter entregue as imagens para 19 organizações privadas sem nenhuma restrição de uso, o que também fere a privacidade dos presos. O software, porém, ainda não tem previsão de lançamento. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.