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Em carta aberta, cientistas americanos acusam Trump de iniciar “guerra contra a ciência”

Quase dois mil pesquisadores assinam o documento, que critica os cortes no financiamento para pesquisas, censura ideológica e demissões em massa de cientistas.

Por Bruno Carbinatto
2 abr 2025, 10h00

Mais de 1.900 cientistas ligados à universidade e institutos de pesquisa americanos assinaram uma carta aberta acusando o presidente Donald Trump de “ataques” contra a ciência dos EUA. O documento também alega que os cortes no financiamento público de pesquisa estão “dizimando” a ciência do país.

Os signatários pedem que o Congresso americano proteja a ciência americana dos ataques da presidência.

“Por mais de 80 anos, investimentos do governo dos EUA fortaleceram a pesquisa no país, tornando-a referência mundial”, escrevem os pesquisadores. “De forma alarmante, o governo Trump está desestabilizando esse setor ao cortar verbas para pesquisa, demitir milhares de cientistas, restringir o acesso público a dados científicos e pressionar pesquisadores para que modifiquem ou abandonem seus trabalhos por motivos ideológicos.”

Desde que foi eleito, o mandato republicano tem feito cortes drásticos no orçamento americano, incluindo a redução de bolsas e financiamento público para pesquisas, demissão em massa de funcionários de agências do governo federal, diminuição do tamanho e da autonomia de órgãos públicos ligados à ciência, saúde e clima e ameaças a Universidades privadas. Os cortes são liderados pelo bilionário Elon Musk, por meio da agência federal DOGE.

Além disso, a Casa Branca tem perseguido e censurado áreas específicas da ciência que são consideradas rivais ideológicas, como pesquisas climáticas e sobre gênero e sexualidade. Em fevereiro, por exemplo, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) comunicou a seus pesquisadores que nenhum artigo produzido por eles pode conter palavras como “gênero”, “transgênero” ou “transexual”.

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Todos os signatários são membros eleitos da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA, e entre eles estão vencedores do prêmio Nobel, como Daron Acemoglu, economista do MIT que levou o prêmio em 2024, e o médico Harvey J. Alter, Nobel em 2020.

“O governo está reduzindo drasticamente o financiamento de agências científicas, cancelando bolsas para pesquisadores, cortando verbas de laboratórios e dificultando a colaboração científica internacional”, diz o documento.

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“Esses cortes estão forçando instituições a interromper pesquisas (incluindo estudos sobre novos tratamentos para doenças), demitir professores e suspender a admissão de estudantes de pós-graduação – comprometendo a formação da próxima geração de cientistas.”

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