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Como é a previdência no resto do mundo?

França, Espanha e Alemanha já fizeram reformas que aumentaram a idade mínima de aposentadoria para 65 anos. Na próxima década, vão subir mais ainda.

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Luiza Monteiro
Atualizado em 21 fev 2019, 14h00 - Publicado em 21 fev 2019, 12h46

A Reforma da Previdência apresentada nesta quarta-feira (20) ao Congresso propõe criar uma idade mínima para todas as aposentadorias. Hoje, o mais comum no Brasil é se aposentar é por tempo de contribuição: 35 anos para os homens e 30 para as mulheres. Ou seja: se um homem começa a trabalhar aos 22 anos, pode se aposentar aos 57. Uma mulher, aos 52.

Isso não existe no mundo desenvolvido, que adota os 65 anos como idade mínima, em geral para ambos os sexos.

Na outra ponta do barbante previdenciário, nasce cada vez menos gente. No Brasil da década de 1960, nasciam 6 crianças por família, o que enchia a economia de jovens para bancar as aposentadorias dos (relativamente poucos) que chegavam à terceira idade. Hoje é o contrário: cada família gera 1,7 criança, e a expectativa de vida nacional é de 76 anos (72 para homens e 79 para mulheres). 

No Brasil, cidadãos com mais de 65 serão 25% da população em 2060, três vezes a proporção atual – algo próximo à proporção de idosos que a Europa terá até lá (30%). 

Com menos jovens para trabalhar e mais aposentados para bancar, então, não existe milagre: todas as previdências sociais do mundo tendem a quebrar.

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Por isso mesmo, vários países estão reformando seus sistemas de aposentadoria. França, Espanha e Alemanha fizeram reformas que aumentaram a idade mínima para aposentadoria e o tempo de contribuição. Nesses três países, a idade mínima para se aposentar é de 65 anos. Na próxima década, porém, passará para 67.

Além da idade mínima, outra questão é o quanto vai cair efetivamente na conta. Nos países desenvolvidos, a renda média de um aposentado equivale à metade dos últimos salários, mas há exceções. É o caso dos ingleses, que estão entre os que menos recebem: a aposentadoria média corresponde a 21% do salário integral. Aqui, essa discussão mal faz sentido. De cada três aposentados, dois ganham um salário mínimo. E, mesmo se seus últimos contracheques forem bem gordinhos, o teto da previdência é de R$ 5,5 mil – o salário-mínimo na Nova Zelândia.

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(Thales Molina/Superinteressante)
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Crescimento da terceira idade:

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(Thales Molina/Superinteressante)

Porcentagem do salário que o trabalhador passa a receber quando se aposenta, em média:

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(Thales Molina/Superinteressante)
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