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Três das DSTs mais comuns estão ficando intratáveis, diz OMS

O problema é o uso errado ou exagerado de antibióticos

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jul 2018, 15h51 - Publicado em 2 set 2016, 15h15

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Você usa camisinha? Porque a coisa está ficando séria: segundo a Organização Mundial da Saúde, sífilis, clamídia e gonorreia — doenças bacterianas — estão ficando resistentes aos antibióticos mais usados contra elas. E infectam cada vez mais pessoas.

As infecções são três das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais frequentes: juntas, elas contagiam 200 milhões de pessoas por ano — todo ano, são 131 milhões infectadas pela clamídia, 78 milhões pela gonorreia e 5,6 milhões pela sífilis. Com tanta gente ficando doente, os antibióticos estavam sendo administrados sem cuidado nenhum — e muitas vezes, por tempo demais ou em doses desnecessariamente altas.

Esse uso exagerado de antibióticos é justamente o que tem feito as bactérias se tornarem mais resistentes. O caso da gonorreia é o pior: a OMS afirma que já existem cepas da bactéria N. gonorrhoeae, causadora da doença, que não respondem a nenhum dos medicamentos que existem. O cenário para sífilis e clamídia não é tão extremo, mas seus agentes causadores já se mostram bem mais resistentes a medicamentos também, o que preocupa a organização.

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Por isso, a OMS aconselhou uma mudança nos tratamentos padrão para essas doenças. Para começar, a organização recomenda o uso do antibiótico certo para cada caso, em doses mais controladas do que se tem usado até agora — cada serviço de saúde em cada país deve ficar responsável por definir o medicamento. Outra recomendação, mais específica, é não usar a quinolona, um tipo de antibiótico comum nos casos de infecções bacterianas como a sífilis, a gonorreia e a clamídia. Para fechar, a OMS pediu que os governos prestem atenção no aumento da resistência dessas bactérias, ano a ano.

Tudo isso deve aumentar os custos de tratamento, já que os antibióticos específicos são, geralmente, os mais novos — e mais caros. Fora que estudar os tipos de cepa que cada pessoa infectada tem antes de receitar um medicamento também vai dar um baita trabalho.

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Transmissão e sintomas

A sífilis é transmitida por meio do contato com feridas de pessoas infectadas — elas podem aparecer nos genitais, no ânus, na boca ou em outras partes do corpo. A doença também pode ser transmitida de mãe para filho turante a gestação ou no parto (por ano, a transmissão desse tipo provoca cerca de 143 mil mortes fetais e nascimento de natimortos, além de 62 mil mortes neonatais, segundo a OMS). Quem tem sífilis pode desenvolver essas feridas em um estágio inicial, mas elas saram logo e se tornam erupções com pus. Aí, esses sintomas desaparecem, até que um tempo depois (às vezes até anos), a doença volta à atividade e causa danos ao cérebro, aos olhos e ao coração.

Já a clamídia, a mais comum das DSTs causadas por bactérias, causa um ardor forte ao urinar ou corrimentos genitais — embora a maioria das pessoas não apresente sintomas. A gonorreia pode provocar, além de dores nos genitais, infecções e muita dor no reto e na garganta.

As três doenças, caso não sejam diagnosticadas e tratadas a tempo, podem causar problemas graves a longo prazo — mesmo que não apresentem sintomas por um tempo. As mulheres, por exemplo, podem desenvolver gravidez ectópica (fora do útero), inflamações na região pélvica e abortos espontâneos. A sífilis, a gonorreia e a clamídia podem causar infertilidade em homens e mulheres, além de aumentarem o risco da pessoa ser infectada pelo HIV.

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