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Quer se exercitar melhor?  Pense na morte

Um estudo americano aponta que atletas que pensam na morte pouco antes da prática de exercícios, têm resultados melhores

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 nov 2016, 19h07

Se você é do tipo que prefere sempre pensar em coisas boas, meus pêsames, mas seus colegas mais fúnebres provavelmente são melhores atletas do que você. Uma pesquisa da Universidade do Arizona está cravando que dar uma pensadinha, mesmo que rápida, sobre a morte, melhora seus resultados esportivos.

Para chegar a essa conclusão os pesquisadores fizeram dois estudos. No primeiro, armaram jogos de basquete no formato um contra um, em que participantes competiam com um pesquisador à paisana. Dessa forma, todos os analisados (que declararam gostar muito e jogar basquete) disputaram contra a mesma pessoa.

Eram duas partidas de 7 minutos cada, no intervalo entre os jogos, os participantes tinham que responder a um questionário; alguns desses formulários continham questões a respeito de basquete; outros perguntavam sobre morte.  As perguntas fúnebres eram diretas, coisas como: “Descreva que sentimentos que lhe ocorrem quando você pensa em sua própria morte”, ou “O que você acha que acontecerá com você quando morrer fisicamente? ”. As diferenças na quadra durante o segundo jogo foram expressivas. Os participantes que haviam respondido aos questionamentos mórbidos tiveram um resultado de, em média, 40% melhor.

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No segundo teste, um pesquisador explicava para os participantes que eles teriam um minuto para tentar fazer o maior número de lances-livres possível. Em metade dos casos esse pesquisador usava uma camiseta com a palavra “morte” estampada várias vezes, formando o desenho de um crânio, para a outra metade ele fazia a explicação com um casaco cobrindo a estampa. Quem teve contato com a camiseta fúnebre fez 30% mais cestas; não só isso, eles também fizeram mais tentativas – lançaram quase 11 bolas em 60 segundos, quem não viu as vestes lançou 8).

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Os pesquisadores acreditam que o motivo disso não é tão obvio: a autoestima dos atletas. De acordo com o estudo, a razão pela qual não ficamos constantemente com medo da nossa morte, é porque nosso sistema nervoso briga contra isso. “A autoestima te traz o sentimento de que você pertence a algo maior, que você é imortal, que você não é só um saco de carne”, afirmou Uri Lifshin, doutorando em Psicologia na Universidade e coautor do projeto. “Quando você gosta de jogar basquete, e está em uma quadra, ganhar e fazer um bom jogo é a melhor maneira para elevar esse sentimento”, afirma Lifshin. Na prática, seu sistema nervoso te dá uma forcinha a mais para você ficar mais contente depois da partida e parar de pensar nos seus dias finais.

A ideia de Lifshin é que, no futuro, a descoberta de que a morte e a motivação andam de mãos dadas possa ser utilizada fora das quadras: “Achamos que a relação possa ser posta em uso em diferentes tarefas relacionas à performance, como o trabalho”.

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