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Quais órgãos do corpo podem ser transplantados?

A lista é extensa – e, como você pode imaginar, é maior quando o doador está morto.

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 25 nov 2019, 16h44 - Publicado em 18 abr 2011, 18h59

O corpo humano pode ser comparado a uma máquina cujas peças se mantêm em bom funcionamento mesmo depois de quebrar – mas com uma condição. Quando uma pessoa morre, os médicos precisam determinar, antes de mais nada, se houve parada cardíaca. “Caso o coração tenha deixado de funcionar, os órgãos ficam comprometidos pela falta de oxigenação”, afirma Luiz Augusto Pereira, cirurgião coordenador da Central de Transplantes do Estado de São Paulo. Nesse caso, só é possível retirar para doação tecidos como a córnea, a pele, vasos sanguíneos e alguns ossos e cartilagens.

Se o paciente ainda estiver no estágio de morte encefálica – o que acontece quando o cérebro deixa de funcionar de modo irreversível, mas o resto do corpo ainda permanece em atividade –, é possível manter o coração batendo até a retirada de determinados órgãos: rins, fígado, pulmões, medula óssea, coração e pâncreas. Há ainda partes do corpo que podem ser parcialmente doadas quando a pessoa está viva.

Um paciente em bom estado de saúde pode doar um dos rins, uma parte do fígado, dos pulmões ou da medula óssea. É comum mães doarem órgãos a seus filhos, procedimento que apresenta um risco menor de rejeição.

Reciclagem orgânica
Há órgãos e tecidos que podem ser retirados de pacientes com morte cardíaca. Outros, só com morte cerebral. E ainda há aqueles extraídos até de pessoas vivasPulmõesParte do tecido pulmonar pode ser retirada sem o comprometimento do órgãoFígado

Basta retirar um pedaço do órgão, quando é para enxerto em pacientes com insuficiência hepática

Córnea

Pacientes com lesões irreversíveis precisam receber uma nova córnea, que tem de ser retirada pouco tempo após a parada cardíaca do doador

Coração

Deve ser retirado imediatamente após a morte cerebral, para que não haja comprometimento do órgão

Pulmões

Costumam ser retirados de pacientes com morte cerebral, mas, em alguns casos, é possível fazer a doação mesmo quando o coração deixa de bater

Fígado

Quando o órgão não funciona, é necessário recorrer a um doador. A retirada deve ser feita logo após o cérebro deixar de funcionar

Rins

Transplante geralmente feito entre pessoas da mesma família – a cirurgia consiste na retirada de apenas um dos rins

Medula

Só uma pequena parte da medula precisa ser retirada. Implantada em outro paciente, seu tecido se multiplica sozinho

Rins

Quem sofre de insuficiência renal pode se candidatar a um transplante para se livrar de sessões de hemodiálise

Medula

O transplante pode ser feito em casos de câncer, doenças do sangue e do sistema imunológico

Ossos e cartilagens

Tecidos ósseos como a cabeça do fêmur (osso da perna) podem ser transplantados

Pâncreas

O órgão, responsável pela produção de substâncias essenciais ao organismo, como a insulina, é um dos mais transplantados

Pele

Pode ser retirada para a realização de enxertos em pacientes que sofreram queimaduras graves, por exemplo

Vasos sanguíneos

Pessoas que têm obstruções em veias e artérias podem receber vasos de um doador

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