Proteína no sangue pode ajudar a prever prognóstico de derrame
Biomarcador liberado após AVC indica o tamanho da lesão do paciente – o que pode auxiliar os médicos no desenvolvimento de tratamentos individuais.
 
							O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui hoje a segunda maior causa de mortes no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas são afetadas anualmente pelo problema. 25% delas acabam permanentemente incapacitadas – e outras 25% morrem.
Atualmente, quando um indivíduo sofre um derrame, ele é submetido a um exame de imagem para medir os danos no tecido cerebral. Mas essa análise não aponta de forma tão precisa a gravidade do AVC. Pesquisadores da Mayo Clinic, uma organização sem fins lucrativos situada na Flórida, perceberam que um biomarcador no sangue pode determinar a extensão da lesão cerebral e auxiliar os médicos a prever o prognóstico da doença.
O estudo foi publicado nesta quarta-feira (11) na Science Translational Medicine. Mas antes de explicá-lo, é importante entender o mecanismo dos diferentes tipos de derrame. O primeiro é o AVC hemorrágico, que ocorre quando há o sangramento de uma veia, artéria ou vaso dentro do cérebro. O sangue vaza e se espalha, aumentando a pressão naquele ponto. Há também o AVC isquêmico, o mais comum, que ocorre quando há a obstrução da artéria, impedindo que o sangue chegue ao cérebro.
Seja qual for o AVC, os neurônios acabam se ferindo. Neles, há uma proteína conhecida como luz de neurofilamento (NFL), que, durante o baque, é liberada no líquido cefalorraquidiano (que banha o cérebro) e, em seguida, no sangue. Esse é biomarcador em questão.
De acordo com os cientistas, a quantidade de NFL liberada durante o AVC indica a lesão neuronal no cérebro, ou seja, pode predizer qual foi a gravidade do acidente. Leonard Petrucelli, um dos autores do estudo, explica que “níveis mais altos de NFL preveem resultados funcionais piores e menos tempo de sobrevivência após um acidente vascular cerebral”. Tendo essas informações, os médicos podem pensar o tratamento e reabilitação de forma específica para o caso.
Para chegar a este resultado, os pesquisadores mediram as concentrações de NFL no sangue de 396 voluntários – 317 pacientes que se recuperavam de um AVC e 79 indivíduos saudáveis. Além de analisar se o nível de NFL no sangue aumentava após o derrame, o estudo examinou também se os números poderiam indicar a gravidade do AVC ou, ainda, uma possível recuperação. Para isso, os cientistas compararam os níveis de NFL ao grau de lesão cerebral e estado neurológico, funcional ou cognitivo dos pacientes durante a coleta de sangue.
James Meschia, chefe do Departamento de Neurologia da Mayo Clinic, diz ter esperança de que as “descobertas irão, em última instância, mudar a forma como os pacientes são tratados usando biomarcadores da NFL em ensaios clínicos para permitir a detecção mais rápida e confiável dos efeitos terapêuticos”.
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