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Black das Blacks: Super com preço absurdo

Como o protetor solar age na pele e por que a ciência recomenda usá-lo

Queridinho dos dermatologistas, o protetor solar previne o envelhecimento e o câncer de pele. Entenda a lógica por trás de cada fórmula.

Por Luiza Lopes
27 out 2025, 19h00

O protetor solar se tornou hoje um aliado indispensável na prevenção do envelhecimento precoce e do câncer de pele. Sua eficácia depende de fórmulas cuidadosamente elaboradas, que combinam filtros capazes de absorver, refletir ou dispersar a radiação ultravioleta (UV) antes que ela danifique as células.

Ele é fruto de um longo processo de observação, experimentação e avanços científicos na química e na dermatologia, já que o conhecimento sobre os efeitos da luz solar começou a se desenvolver apenas no final do século 18.

O século 20, por sua vez, consolidou o protetor solar moderno e mudou conceitos culturais sobre a exposição à luz do Sol. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a necessidade de proteger soldados expostos ao sol extremo em desertos e em botes salva-vidas nos EUA impulsionou pesquisas militares sobre filtros solares.

Experimentos identificaram que o petróleo veterinário vermelho-escuro oferecia proteção eficaz, sendo resistente à água, barato e não tóxico.

Em 1946, o químico suíço Franz Greiter desenvolveu o primeiro protetor solar moderno, o Gletscher Crème, inspirado na queimadura que sofreu escalando o Monte Piz Buin. Greiter também introduziu o conceito de fator de proteção solar (FPS) em 1962, que mede a capacidade de um produto de proteger a pele contra queimaduras.

Segundo o dermatologista Sérgio Schalka, “o FPS indica quantas vezes mais a pessoa pode ficar ao Sol sem se queimar em comparação ao tempo que ficaria sem proteção”.

“Por exemplo, se alguém de pele clara começaria a ficar vermelha após 10 minutos de exposição, o uso de um protetor FPS 30 permite multiplicar esse tempo por 30, ou seja, a pessoa poderia permanecer 300 minutos antes de se queimar”, explica à Super.

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Nas décadas seguintes, surgiram protetores resistentes à água e padronização do FPS como referência para proteção contra raios UVA e UVB.

 

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Entendendo a radiação

A luz solar que chega à Terra é composta por três tipos de radiação: infravermelha, visível e ultravioleta. A infravermelha é a que sentimos como calor, e a visível é o espectro que enxergamos.

Já a ultravioleta, invisível aos olhos, é a que traz risco real à saúde da pele. Dentro dela, há três faixas: UVC, UVA e UVB. Os raios UVC são os mais perigosos, mas são filtrados pela camada de ozônio.

Os UVB, de comprimento de onda intermediário, são os responsáveis pelas queimaduras solares e pelas mutações no DNA que podem levar ao câncer de pele. Já os UVA penetram mais profundamente, atingindo a derme e contribuindo para o envelhecimento precoce, manchas e perda de colágeno.

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É para neutralizar esses efeitos que entram em cena os protetores solares ou, mais precisamente, os filtros solares, substâncias que interagem com a radiação e impedem que ela cause danos. Há duas categorias principais: os filtros químicos (ou orgânicos) e os filtros físicos (ou inorgânicos).

Os filtros químicos absorvem a energia dos raios ultravioleta e a convertem em calor inofensivo. Essa transformação ocorre graças à estrutura das moléculas, que contém grupos químicos capazes de capturar a energia dos fótons e liberá-la sob outra forma.

Cada filtro é calibrado para uma faixa específica de radiação: alguns atuam contra o UVB, outros contra o UVA, e muitos produtos combinam diferentes moléculas para oferecer proteção ampla.

Entre os compostos mais usados estão a avobenzona, o octocrileno e o Tinosorb S. Por serem solúveis em bases oleosas e transparentes, resultam em texturas leves e invisíveis na pele uma das razões pelas quais dominam o mercado cosmético.

Os filtros físicos, por outro lado, não absorvem a radiação, mas a refletem e dispersam como pequenos espelhos microscópicos. São feitos de minerais como dióxido de titânio e óxido de zinco, que permanecem na superfície da pele e desviam os raios UV.

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Por não dependerem de reações químicas, são mais estáveis sob o Sol e menos propensos a causar irritações, o que os torna ideais para peles sensíveis ou infantis. Sua principal limitação é estética: como formam uma barreira opaca, podem deixar um resíduo branco visível, especialmente em peles mais escuras algo que a indústria vem tentando reduzir com partículas ultrafinas e pigmentos adaptados.

Nos últimos anos, os protetores solares se aproximaram do skincare. Muitas fórmulas incluem ativos como hialuronato de sódio, que retém água e garante hidratação prolongada, e niacinamida, que uniformiza o tom da pele e tem ação antioxidante.

Nos produtos com cor, o desenvolvimento é ainda mais complexo, pois é preciso incorporar pigmentos que também filtrem a luz visível uma das principais responsáveis pelo melasma. A definição das tonalidades segue padrões matemáticos de cor, como o sistema LCH, que quantifica luminosidade, saturação e matiz, permitindo ajustar com precisão os tons de pele do público brasileiro.

Antes de chegar às prateleiras, cada nova formulação passa por um processo de registro e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela exige que protetores solares comprovem sua eficácia e apresentem equilíbrio entre proteção UVA e UVB.

Produtos multifuncionais, como bases ou hidratantes com FPS, não precisam cumprir todos esses critérios, por isso não são classificados como protetores solares – ainda que ofereçam alguma proteção.

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Como são testados?

O teste de eficácia dos protetores solares segue protocolos internacionais rigorosos, como a norma ISO 24444, considerada o padrão-ouro para determinar o FPS. Ele é feito em seres humanos, em condições controladas, já que a pele de cada pessoa reage de forma diferente à radiação. Para garantir precisão, o método é padronizado e revisado constantemente.

O estudo dura dois dias. No primeiro, são selecionados voluntários e medidas as características da pele. Pequenas áreas do dorso recebem diferentes aplicações uma sem produto, outra com o padrão de referência e uma com o protetor testado.

Cada área recebe a mesma quantidade (2 mg/cm²) e é exposta a doses específicas de radiação ultravioleta, suficientes apenas para provocar uma leve vermelhidão temporária.

No dia seguinte, os pesquisadores comparam o surgimento do eritema (vermelhidão) nas áreas protegidas e não protegidas. Essa diferença permite calcular o FPS, ou seja, quantas vezes mais energia solar é necessária para causar o mesmo nível de vermelhidão na pele protegida.

A seleção de participantes hoje usa o ITA (Individual Typology Angle), desenvolvido pela L’Oréal, em substituição à antiga escala de Fitzpatrick. O método mede a cor da pele com o equipamento Chromameter, que avalia luminosidade e tom, definindo seis grupos de tonalidade. Isso permite ajustar a dose de radiação conforme o tipo de pele.

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A aplicação do produto deve ser feita com movimentos padronizados e homogêneos, verificados sob lâmpada de Wood, que evidencia falhas invisíveis à luz comum. Caso haja irregularidade, a área é descartada. A dose mínima para causar vermelhidão é então determinada com base em gráficos da ISO, construídos a partir de dados de mais de 9.500 pessoas.

A Anvisa exige que os testes sigam normas internacionais e sejam realizados em laboratórios habilitados, mas não avalia diretamente a eficácia dos resultados. Cada empresa escolhe o instituto responsável, que precisa manter histórico consistente de dados e passa por auditorias periódicas. Fórmulas de referência são enviadas às cegas para verificar a precisão.

Nos últimos anos, a indústria tem avançado em métodos alternativos que dispensam testes em humanos. Em 2024, a ISO aprovou dois novos protocolos: um totalmente in vitro, feito em placas especiais, e outro híbrido, que analisa a pele sem exposição à radiação.

A União Europeia já aceita o método in vitro, e a expectativa é que ele se torne o novo padrão global por eliminar variações biológicas e acelerar a aprovação de novas fórmulas.

Benefícios comprovados

O uso diário de protetor solar é, hoje, uma das medidas de saúde pública mais comprovadamente eficazes na prevenção de doenças e no envelhecimento da pele.

A radiação ultravioleta é um agente silencioso que danifica o DNA das células, acelera a degradação das fibras de colágeno e elastina e desencadeia uma cascata de inflamações que, ao longo dos anos, se manifesta em rugas, manchas e cânceres cutâneos. Ao criar uma barreira física e química contra esses raios, o protetor solar reduz de forma direta a incidência de lesões e alterações irreversíveis na pele.

Estudos de longo prazo demonstram que a fotoproteção diária não apenas evita queimaduras, mas reduz o risco de câncer de pele. Uma pesquisa conduzida na Austrália uma das mais robustas já realizadas sobre o tema acompanhou centenas de adultos por mais de uma década e concluiu que o uso diário de protetor solar de amplo espectro foi capaz de reduzir em até 50% a ocorrência de melanomas, o tipo mais agressivo da doença.

O mesmo estudo apontou queda significativa nos casos de carcinoma espinocelular, forma comum e potencialmente invasiva de câncer cutâneo. Revisões sistemáticas posteriores confirmaram esses resultados, reforçando que a fotoproteção é particularmente eficaz contra tumores provocados por exposição solar crônica.

A proteção também se estende às lesões precursoras de câncer, como as queratoses actínicas pequenas áreas ásperas e descamativas que surgem após anos de exposição solar e podem evoluir para tumores malignos.

Um estudo clínico mostrou que usuários regulares de protetor apresentaram 36% menos dessas lesões do que quem aplicava o produto de forma irregular. Ou seja, o protetor não só previne o câncer, mas também interrompe etapas iniciais de dano celular antes que ele se torne irreversível.

Os benefícios não se limitam ao campo da oncologia. A fotoproteção contínua é considerada hoje o principal recurso cosmético e médico contra o envelhecimento precoce da pele.

Um estudo conduzido durante quatro anos e meio na Austrália mostrou que pessoas que usavam protetor solar diariamente apresentavam 24% menos sinais de envelhecimento (como rugas finas, manchas e perda de firmeza) do que aquelas que aplicavam apenas ocasionalmente.

Outro trabalho observou que o uso consistente de protetores de amplo espectro por um ano resultou em melhora de até 50% na textura, luminosidade e uniformidade do tom da pele.

O mesmo vale para manchas e hiperpigmentações, um problema frequente em países tropicais e entre pessoas de pele média ou escura. A exposição contínua ao Sol estimula a produção de melanina, levando à formação de melasma e manchas senis.

Estudos recentes mostram que o uso diário de protetores solares especialmente os que contêm pigmentos como óxidos de ferro e dióxido de titânio, capazes de refletir também a luz visível reduz significativamente a progressão dessas alterações pigmentares. Quando combinados com antioxidantes e ativos clareadores, esses produtos atuam tanto na prevenção quanto na suavização das manchas já existentes.

A eficácia do protetor solar, no entanto, depende da regularidade aplicada. Embora a maioria das pessoas reconheça seu papel na prevenção do câncer de pele, pesquisas mostram que apenas um terço o utiliza todos os dias.

Para Schalka, isso tem origem em fatores culturais e de percepção. “Muita gente ainda associa o protetor solar apenas à prevenção da queimadura. Foi para isso que ele foi criado lá atrás. Então, se a pessoa acha que não vai se queimar — porque tem a pele mais morena ou porque vai ficar pouco tempo ao Sol , acredita que não precisa usar. É um erro, mas é o que ainda acontece”, explica.

Ele acrescenta que a aceitação cosmética também pesa na adesão: “Alguns produtos deixam a pele pegajosa, brilhosa ou incômoda. Se a experiência é ruim, o uso diário se perde. Por isso, há uma busca constante por texturas mais leves e agradáveis. A pessoa precisa sentir prazer ao aplicar. Se for uma experiência sofrida, ela só vai lembrar do protetor na praia e não no dia a dia, que é quando 70% da radiação solar é recebida.”

“No Brasil, apenas 2,5% das pessoas usam filtro solar pelo menos uma vez por semana nem é diariamente. E existe uma ideia forte de que pele bronzeada é bonita, o que atrapalha a percepção dos riscos”, diz Nathalia Harnam, diretora de comunicação científica da L’Oréal.

Ela reforça que a proteção solar vai além do FPS indicado na embalagem. “O FPS está mais ligado à radiação UVB, que causa queimaduras, mas a radiação UVA está presente o tempo todo e é a principal responsável pelo envelhecimento e pelas manchas. É ela que a gente recebe no dia a dia, mesmo dentro de casa ou no carro”, afirma.

Para incentivar o uso constante, a indústria tem apostado em benefícios estéticos aliados à proteção. “Se a pessoa tem uma mancha e quer cobri-la, que faça isso com um protetor com cor, e não só com maquiagem. Assim, ela se sente bem e ainda se protege. A ideia é tornar o uso atraente, incorporando o filtro solar à rotina de beleza, e não apenas como um cuidado médico”, completa Harnam.

A recomendação dos dermatologistas é aplicar o equivalente a uma colher de chá de protetor para o rosto e reaplicar a cada duas horas, ou após exposição à água e suor. Usar o produto apenas “de vez em quando” reduz drasticamente o efeito protetor acumulado.

Schalka ressalta que a quantidade é determinante para a eficácia: “O FPS que está no rótulo só é atingido se o produto for aplicado na dose correta. Se a pessoa espalha demais ou usa muito pouco, o FPS real é menor do que o indicado. Isso acontece tanto por questões estéticas quando o protetor é espesso e a pessoa usa menos quanto por economia. Mas o protetor funciona como uma película fina sobre a pele. Se ele é espalhado demais, ficam áreas descobertas, e a proteção falha.”

E a pele negra?

Ainda persiste, no imaginário coletivo, a ideia de que pessoas negras não precisam usar protetor solar. O equívoco, repetido há décadas, tem uma explicação simples: a associação direta entre Sol e queimadura.

“A pessoa de pele negra não se queima ao Sol, ou se queima muito pouco, mesmo após longos períodos de exposição. Por isso, acredita que está naturalmente protegida”, explica Schalka. “Mas, embora a queimadura seja rara, a pele negra também envelhece, mancha e pode desenvolver câncer de pele decorrente da radiação.”

O mito nasce de um dado real, mas incompleto. De fato, a melanina pigmento que dá cor à pele funciona como um protetor biológico natural, capaz de oferecer um fator de proteção intrínseco de até 13,4 contra a radiação UVB.

“Mas essa proteção não vale para outros tipos de radiação, como a UVA e a luz visível, que são justamente as que mais causam envelhecimento e manchas”, explica à Super o dermatologista Caue Cedar, que estuda fotoproteção em populações negras.

Ele reforça que o problema é cultural e científico: “Foi um mito sustentado por décadas de desinformação, que agora precisamos desconstruir, inclusive dentro da própria dermatologia.”

As consequências dessa falsa segurança são visíveis. Apesar de o câncer de pele ser menos comum em pessoas negras, quando ocorre tende a ser diagnosticado mais tarde e em estágios mais avançados, justamente por falta de vigilância e prevenção.

Além disso, a exposição solar desprotegida é um fator importante para hiperpigmentações e melasma pós-inflamatório, condições comuns nesse grupo. “As peles negras envelhecem de forma diferente, mas envelhecem. O Sol contribui para manchas e irregularidades de tom, mesmo que não cause vermelhidão”, resume Schalka.

Outro desafio está na adesão ao uso do produto. Durante décadas, os protetores disponíveis no mercado deixavam um resíduo esbranquiçado sobre a pele, o que afastava consumidores de tons mais escuros. “Essa barreira estética é um dos principais motivos da baixa adesão. Ninguém quer um produto que muda o tom da pele ou deixa o rosto acinzentado”, observa Cedar.

Nos últimos anos, a indústria tem buscado corrigir isso, desenvolvendo fórmulas com pigmentos adaptados a diferentes tonalidades e texturas mais leves, pensadas para a oleosidade natural do rosto e a secura do corpo nas peles negras.

Além da questão estética, há um avanço técnico importante: os protetores com cor, que além de cobrir imperfeições, ampliam a proteção contra a luz visível componente do espectro solar que penetra profundamente na pele e agrava manchas.

“Não dá para tratar manchas sem proteger contra a luz visível. Por isso, a fotoproteção com cor é uma ferramenta essencial para pacientes negros”, explica Cedar. Ele destaca que o Brasil é um país de enorme diversidade cutânea segundo estudo da L’Oréal, abriga 55 dos 66 tons de pele catalogados no mundo , o que exige soluções inclusivas e calibradas para essa variedade.

A discussão sobre inclusão, no entanto, não se limita aos produtos. Também passa pela representatividade nos estudos clínicos de fotoproteção. “As peles negras ainda são sub-representadas nas pesquisas e nos materiais médicos. A maioria dos atlas dermatológicos, por exemplo, mostra apenas peles brancas. É um problema de letramento visual: precisamos ensinar médicos, estudantes e o público a reconhecer as condições dermatológicas na pele negra”, afirma Cedar.

Para Schalka, a mudança começa pela educação em saúde. “É uma questão de repetição e conscientização, como a Austrália fez. Foram vinte anos de campanhas consistentes, não só no verão, mas o ano todo. O Brasil é um dos países com maior incidência solar do mundo, e a proteção precisa ser permanente. Quando a criança aprende a importância do protetor solar e leva essa mensagem para casa, ela educa a família. É assim que se constrói cultura de prevenção.”

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