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Bebida do tipo zero traz mesmo risco de diabetes do que a normal

Consumir apenas 400 ml de bebidas adoçadas com açúcar ou artificialmente (as diet ou zero) por dia traz o dobro de riscos de diabetes para quem as consome

Por Ana Laura Prado, de Exame.com
7 nov 2016, 19h32

Consumir menos de meio litro de bebidas açucaradas por dia é o suficiente para dobrar o risco de se desenvolver diabetes, mostra um estudo publicado pela European Society of Endocrinology. E, ao contrário do que pode parecer, quem opta pelas versões diet ou zero não sai ileso a esse risco.

Os resultados foram obtidos após a análise dos hábitos alimentares de mais de 2.800 pessoas. A pesquisa mostra que a ingestão diária de 400 ml de produtos como refrigerantes ou néctares (refresco que não é composto exclusivamente por suco integral) aumenta em duas vezes o risco de diabetes.

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As versões adoçadas artificialmente, conhecidas como zero ou diet, apresentaram resultados semelhantes às convencionais. Segundo o estudo, tal relação pode ser explicada, entre outros fatores, por um efeito estimulante ao apetite provocado por elas.

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Além da diabetes tipo 2, a pesquisa analisou também uma variedade mais rara da doença, a LADA – que é autoimune, assim como a tipo 1, e geralmente ocorre em adultos. Nos dois casos, constatou-se o risco em dobro como consequência do consumo de duas doses diárias, cada uma de 200 ml.

Também foi analisado o consumo de mais de um litro das bebidas por dia; nesse caso, o risco de desenvolver a diabetes tipo 2 chegou a ser dez vezes maior do que entre os que não consomem nenhuma quantidade. Por conta da baixa frequência com que esse hábito foi relatado, o estudo destaca que esse resultado é menos expressivo.

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A relação da diabetes tipo 2 com as bebidas açucaradas já tem sido evidenciada em pesquisas anteriores. Os riscos em relação à LADA, por outro lado, não são tão evidentes e foram o principal foco do estudo.

Segundo os pesquisadores, ainda são necessárias novas pesquisas para investigar a relação das bebidas com a LADA e, também, para esclarecer os efeitos das bebidas adoçadas artificialmente.

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Esse conteúdo foi originalmente publicado em Exame.com

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