Atenção e carinho para os idosos só fazem bem
Quem se mantém ocupado em idade avançada evita estados de ânimo deprimidos
Os números são taxativos e bem conhecidos: a proporção de pessoas idosas, em muitos países, está crescendo rapidamente e a parcela dos que tomam antidepressivos, especialmente depois dos 60 anos, também está subindo, ano a ano. A novidade é que os remédios já não estão ajudando a melhorar a situação. Uma pesquisa realizada pela médica americana Cheryl Dellasega, da Universidade do Estado da Pensilvânia, concluiu que os antidepressivos diminuem a capacidade de argumentação, dificultam os cálculos mais simples e atrapalham a memória de homens e mulheres acima dos 80 anos. A avaliação durou três anos e foi feita com 351 cidadãos suecos. Esse resultado só reforça a necessidade de se dar mais atenção aos familiares que envelhecem. De acordo com psicóloga Silvia Martinelli Deroualle, da Universidade de São Paulo, já é um grande avanço ouvi-los sempre que possível, levá-los com regularidade a pequenas reuniões e demonstrar carinho por eles o tempo todo. “Eles precisam se sentir amados e requisitados”, diz Silvia. Também produz um efeito excelente incentivá-los a aprender e a executar qualquer atividade que force o uso da memória.