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Robert Pickton, o fazendeiro que alimentava porcos com carne humana

O maior serial killer do Canadá organizava festas em sua fazenda e transformava as convidadas em ração para porcos

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h19 - Publicado em 5 dez 2016, 12h00

Robert “Willie” Pickton nasceu em 1949, em Port Coquitlam, Canadá. Virou fazendeiro ao herdar, junto com um irmão e uma irmã, a criação de porcos dos pais, quando eles morreram na década de 1970. Apesar do convívio diário com os irmãos, Robert levava a fama de quieto e solitário.

Em 1996, Robert e o irmão fundaram uma suposta organização de caridade que organizava eventos em um celeiro. De beneficente, as festas não tinham nada, eram regadas a álcool e serviam como point para prostitutas. Era aí que Pickton “pescava” a maioria das vítimas.

Assim como o irmão David, Robert tinha longa ficha na polícia. Em 1997, o fazendeiro tentou assassinar uma prostituta a facadas. A garota, Wendy Eistetter, foi algemada, mas escapou depois de atacar Pickton com uma faca. Uma testemunha tentou incriminar Robert, que acabou solto ao pagar fiança de US$ 2 mil.

Um dos “cães de guarda” da propriedade era um porcão com mais de 270 kg que avançava e mordia sob comando, como um cachorro treinado. O serial killer esquartejava garotas e jogava os pedaços aos porcos. A porcalhada traçava os restos mortais, ocultando os cadáveres.

Em 2002, uma acusação de porte ilegal de armas serviu de pretexto para a investigação da fazenda. O mandado foi conseguido após o depoimento de um ex-empregado dos irmãos, que já estavam na mira da polícia desde 1998, como suspeitos no desaparecimento de mulheres da região.

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Os peritos forenses que vasculharam a fazenda constataram que Picktonusava um triturador de madeira para misturar carne suína e humana. Há fortes indícios de que Robert servia a carne moída nas festinhas do clube de caridade. Foram achados também restos de 30 mulheres em um freezer.

Após 21 meses de investigação policial, as amostras de DNA das supostas vítimas foram comparadas com dados genéticos de uma lista de desaparecidos. Com base nos resultados, concluiu-se que os crimes rolaram entre 1997 e 2001. As autoridades abafaram a imprensa canadense e o caso foi pouco divulgado.

QUE FIM LEVOU?

Foi julgado pelo assassinato de 20 mulheres e condenado em seis casos, embora haja indícios de muito mais mortes. Pickton está preso desde 2002 e cumpre prisão perpétua. Seu caso voltou à mídia em junho de 2018. Após quase vinte anos, foi transferido para um presídio de segurança máxima na cidade canadense de Quebéc.

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