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Quem foi Jack, o Estripador, o pai dos serial killers

Ele matou prostitutas na Londres vitoriana e se tornou o mais famoso assassino serial da história. Por um motivo simples: ele jamais foi pego

Por Danilo Cezar Cabral | Edição Felipe van Deursen
Atualizado em 22 fev 2024, 10h29 - Publicado em 23 fev 2016, 18h18
Retrato Falado Jack Estripador
(André BDois/Mundo Estranho)

1. Whitechapel road

A estrada de Whitechapel, em East End, era uma região violenta de Londres, no fim do século 19. O assassinato de prostitutas já era um crime relativamente frequente antes de o Estripador inaugurar sua trajetória de mortes, em 1888. Ele sempre agia em vias de acesso à estrada, escuras e vazias.

2. Diversos suspeitos

Além de violenta, East End sofria com racismo e xenofobia, especialmente contra judeus, o que motivava depoimentos que incriminavam inocentes. Aliada a altas doses de superstição e ignorância, a investigação foi um desafio. O ator Richard Mansfield virou suspeito só porque atuou em uma adaptação teatral de O Estranho Caso do Doutor Jekyll e do Senhor Hyde, livro que narra crimes cometidos na cidade (veja quem eram os outros suspeitos de ser Jack, o Estripador).

3. As vítimas

Oficialmente, foram cinco vítimas, todas prostitutas: Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly. Os crimes aconteceram de 31 de agosto a 9 de novembro de 1888 (os corpos de Elizabeth e de Catherine foram achados com apenas 45 minutos de diferença). Mas é possível que Jack tenha matado mais mulheres.

4. Outros crimes

Além dos cinco crimes, há outros seis que a mídia da época (e as especulações futuras) colocou na conta de Jack, mas que não constavam na investigação oficial. A primeira dessas outras vítimas foi Emma Elizabeth Smith, morta em abril de 1888. A última foi uma mulher não identificada, em fevereiro de 1891.

5. Violência progressiva

O método de Jack era bem definido. Em geral, as vítimas apresentavam mutilações no rosto, no abdômen e nos genitais, cortes profundos no pescoço e remoção de órgãos, como rim, coração e útero. Todos os crimes foram cometidos à noite, sempre aos fins de semana. À medida que o número de casos aumentava, as mutilações ficavam mais agressivas. Jack usava, provavelmente, facas e instrumentos cirúrgicos. Mas jamais uma arma foi encontrada na cena dos crimes. Só um misterioso avental.

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6. Aparência misteriosa

Duas testemunhas disseram ter visto o assassino. Elas o descreveram como um homem de pouco mais de 1,60 m, bigode e jaqueta. Em vez da cartola, eternizada na ficção, Jack usaria um chapéu deerstalker, típico modelo usado por caçadores ingleses. Uma das testemunhas afirmou que ele parecia um estrangeiro – mesmo sem ter visto seu rosto.

7. Cartas sombrias

O Estripador teria deixado três cartas. Mas duas delas teriam sido forjadas por jornalistas para aumentar a publicidade em torno do caso. Ambas mencionam a alcunha “Jack, o Estripador”, criada pela imprensa. A outra, a mais famosa delas, chama-se Do Inferno (nome do filme em que Johhny Depp interpreta o investigador do caso). Uma das passagens mais sombrias dizia: “Envio-lhe metade de um rim preservado que eu tirei de uma das mulheres. O outro pedaço eu fritei e comi, foi muito agradável”.

8. Investigação sem fim

As investigações tiveram a colaboração de um número incomum de gente para a época. Mais de 2 mil pessoas prestaram depoimento, mais de 300 foram investigadas e 80 foram detidas para interrogatório. Mas, como os procedimentos forenses da época eram pouco precisos – sem contar o talento do assassino e o contexto violento e supersticioso da região -, o caso jamais foi concluído. As investigações terminaram em novembro de 1891.

Que fim levou?

Ninguém sabe. Três suspeitos oficiais foram investigados. E uma penca de teorias surgiu desde então.

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FONTES: Livros The Complete Jack The Ripper, de Dobald Rumbelow,Jack The Ripper Streets of Terror, de Rupert Matthews,Jack The Ripper: CSI: Whitechapel, de Paul Begg e Josh Bennett, eJack The Ripper and the Case of Scotland Yard’s Prime Suspect, de Robert House; documentários Finding the Ripper (National Geographic) e History Detectives: Special Investigations (PBS).

Esta matéria foi uma sugestão do leitor Carlos Eduardo da Costa, Rio de Janeiro, RJ.

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