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Retrato Falado: Harvey Glatman, o fotógrafo sádico

Fraco e incompetente com as mulheres, Harvey Glatman (1927-1959) se passava por fotógrafo para amarrá-las, fazer imagens picantes e depois estuprá-las

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h30 - Publicado em 8 jan 2016, 16h50
Harvey Glatman

ILUSTRA João Henrique Pachêco

Fraco e incompetente com as mulheres, Harvey Glatman (1927-1959) se passava por fotógrafo para amarrá-las, fazer imagens picantes e depois estuprá-las

1. Nascido em Nova York e criado no Colorado, EUA,Glatman apresentava problemas de comportamento desde cedo. Não sabia se relacionar com as meninas e, por ser franzino, era chamado de esquilo pelos colegas. Marcas no pescoço levaram sua mãe a descobrir que, aos 12 anos, ele já praticava autoasfixia erótica

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2. Sem supervisão médica durante a adolescência, os desvios de Glatman só aumentaram. Passou a invadir casas e roubar fotos e peças íntimas de mulheres. Em 1945, foi preso por tentativa de roubo, mas liberado após um mês sob condicional. Quando tentou sequestrar uma garota, não teve tanta sorte: oito meses no xadrez

3. Em 1946, ele foi morar em Albany, no estado de Nova York, e acabou preso pela terceira vez, por furto. Na prisão, foi diagnosticado por psiquiatras como psicopata, mas, por ter um comportamento exemplar, foi liberado em condicional em 1951. No mesmo ano, mudou-se para a cidade de Denver, e, em 1958, para Los Angeles

4. Lá, aproveitou seu trabalho consertando TVs a domicílio para selecionar garotas com estilo pin-up. Ele as convidava para fazer fotos em que eram amarradas. Dizia que a imagem serviria de capa para revistas de detetives (um tipo de fotonovela policial), mas, na verdade, ele tinha fetiche por dominá-las

5. Era fácil arranjar modelos: Los Angeles recebia muitas jovens em busca de fama, que acabavam desempregadas. Elas achavam que a oportunidade impulsionaria sua carreira. A insinuação de sadismo excitava Glatman(que ainda era virgem), mas ele não abusava das vítimas. Porém, isso logo mudaria…

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6. A primeira vítima fatal do falso fotógrafo foi Juddy Dull. Ele a rendeu com uma arma e a estuprou. Depois, a estrangulou e abandonou seu corpo no deserto. Por meio de um classificado pessoal no jornal Lonely Hearts, contatou outras duas vítimas, Ruth Mercado e Shirley Bridgeford, que tiveram o mesmo destino trágico

7. Sua “carreira” acabou em 1958, quando tentou dominar a quarta garota, Lorraine Vigil. Ela foi levada ao deserto primeiro e, desconfiada, reagiu à investida de Glatman, tomando sua arma. Por sorte, um policial patrulhava a estrada. A jovem explicou tudo e ele investigou o automóvel do serial killer

8. No veículo havia cordas, uma faca e uma pá – evidências suficientes para detê-lo. Uma busca na casa revelou ainda uma caixa de ferramentas cheia de fotos fetichistas, que serviram para solucionar os casos das três garotas desaparecidas. O assassino acabou confessando os três homicídios

9. Epílogo macabro: em 2009, o DNA de um cadáver encontrado no Colorado em 1954 foi cruzado com um banco de dados. Os ferimentos, provavelmente causados pelo atropelamento com um Dodge Coronet 1951, batiam com o modelo do carro de Glatman. A época da morte coincidia com o período em que ele estava na região

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QUE FIM LEVOU?

Glatman se declarou culpado. Condenado por somente dois dos assassinatos, foi executado na câmara de gás da Prisão Estadual de San Quentin em setembro de 1959

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Joseph Kallinger, o sapateiro esquizofrênico

Thomas Quick, o serial killer mentiroso

Os assassinos do pântano

FONTES Documentário Dark Temptations, do canal Investigation Discovery, site Crime Library e livros The Encyclopedia of Serial Killers, de Michael Newton, e Serial Killers: The Method and the Madness of Monsters, de Peter Vronsky

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