Quem usa aquelas roupas esquisitas dos desfiles de moda?
Elas não servem para vestir, mas para chamar a atenção
As peças mais “usáveis” são dadas ou vendidas para personagens do mundo fashion: estilistas, modelos, artistas e críticos de moda. Já os trajes mais extravagantes costumam voltar para os ateliês dos seus criadores. Normalmente as peças apresentadas em desfiles não são produzidas em série e não chegam às lojas exatamente do jeito que vieram ao mundo. “Os desfiles são feitos para os profissionais do mundo da moda, não para as pessoas comuns escolherem o que vão vestir”, diz a jornalista Erika Palomino, especialista em moda da Folha de S. Paulo. A função dos desfiles é mostrar ideias dos estilistas para a próxima coleção.
Portanto, o que vale mesmo são as cores, os tecidos, o comprimento das saias, o formato das mangas, o tamanho dos decotes e outros detalhes que só o olhar de especialistas consegue captar. Já os cabelos punks, as bundas e peitos de fora têm a mesma função que uma melancia pendurada no pescoço: chamar a atenção. De quem? Das centenas de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que se acotovelam em eventos como o São Paulo Fashion Week. Em eventos desse porte, vale tudo para se destacar entre tantos estilistas. Em uma das edições da SPFW, por exemplo, Jum Nakao levou à passarela uma coleção feita só de papel. Ao final do desfile, todas as peças foram rasgadas. Ninguém entendeu exatamente o que ele queria com isso, mas seu nome ficou na boca do povo por um bom tempo.
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