Que tecnologias podem auxiliar juízes de futebol no futuro?
Comunicação eletrônica e imagens de vídeo são os principais recursos para auxiliar os árbitros no futuro. Esses recursos tecnológicos já existem e alguns inclusive estão sendo testados. O problema é implantá-los oficialmente. Qualquer proposta de mudança no futebol só entra em vigor depois de aprovada pela International Football Association Board (Ifba), uma comissão formada por […]
Comunicação eletrônica e imagens de vídeo são os principais recursos para auxiliar os árbitros no futuro. Esses recursos tecnológicos já existem e alguns inclusive estão sendo testados. O problema é implantá-los oficialmente. Qualquer proposta de mudança no futebol só entra em vigor depois de aprovada pela International Football Association Board (Ifba), uma comissão formada por quatro representantes da Fifa e um de cada federação de futebol britânica (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales). Qualquer proposta precisa de pelo menos seis dos oito votos para ser aprovada. E, diferentemente da Uefa (a confederação européia), que é declaradamente a favor do uso de novas tecnologias no futebol, a Fifa e, conseqüentemente, a Ifba são conservadoras. Na última reunião da Ifba, a federação italiana propôs implantar câmeras na linha do gol para comprovar a passagem da bola. A proposta, como já era esperado, foi reprovada.
Uma odisséia no estádio
Parece filme de ficção científica, mas estes recursos já podiam fazer parte do futebol
PÕE NA TELA!
Lances polêmicos, como uma agressão sem bola ou uma falta digna de cartão vermelho, são esclarecidas para os torcedores através do telão. Nos Estados Unidos, essa tecnologiajá é usada no basquete e no futebol americano, que vai além: o juiz chega a esclarecer sua marcação através do sistema de som do estádio
CARTÃO-VAGALUME
Para evitar que os torcedores e os próprios atletas confundam as cores dos cartões (principalmente em jogos noturnos), o contorno do cartão é iluminado. Quando o juiz o levanta, aperta um botão que acende uma espécie de néon da mesma cor do cartão
ALÔ, ALÔ
Um radiotransmissor, com fone e microfone, permite o contato entre o quarto árbitro, os assistentes e o árbitro, que pode receber toques como: “Olha para a esquerda. O número 6 agrediu o 9”. Para evitar interferências, pode-se usar uma placa misturadora de voz ou até comunicação digital (como voip)
PLACA LUMINOSA
O painel eletrônico que indica substituições já foi uma inovação tecnológica, mas ainda dá para modernizá-lo, adicionando um botão que faz tremer um aparelho preso no braço do árbitro. Hoje as bandeiras usadas pelos assistentes já têm esse recurso
SOM ELETRÔNICO
Apitos eletrônicos – acionados por meio de um botão – já existem, mas ainda não são usados no esporte. Além de poupar o fôlego do juiz, que pode faltar depois de uma arrancada, produz um som mais potente e claro para nossos ouvidos
QUER DAR UMA ESPIADINHA?
Câmeras espalhadas pelo campo acompanham todos os jogadores, flagrando faltas, agressões, mão na bola etc. O quarto árbitro vê todas as imagens em um monitor e pode manipulá-las em tempo real, com direito a zooms e replays. O time de beisebol Boston Red Sox usou um software com esses recursos na última temporada
CONSULTORIA: Coronel Marcos Marinho, presidente da Comissão Paulista de Arbitragem; Eurico Brás, diretor-executivo da Brás & Figueiredo, consultoria de Tecnologia da Informação; Eduardo Lamboglia, da Lamboglia Equipamentos Eletrônicos