Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Qual o desempenho do Brasil nos prêmios Oscar e Grammy?

nos Oscar, o Brasil já teve 19 indicações e 1 vitória. No Grammy, foram 19 vitórias, mas só duas nas categorias principais

Por Carolina Canossa
Atualizado em 22 fev 2024, 10h14 - Publicado em 2 Maio 2017, 12h58
Qual o desempenho do Brasil nos prêmios Oscar e Grammy?
(Yasmin Ayumi/Mundo Estranho)

PERGUNTA Eric Henrique, Capão Bonito, SP

Famoso quem?

O Grammy tem múltiplas subcategorias, o que dá margem para mais brasileiros participarem. Foi o caso do nosso artista mais premiado até hoje – de que talvez você jamais tenha ouvido falar. Radicado nos EUA, o violonista Laurindo de Almeida faturou cinco vezes (como melhor performance clássica, composição clássica ou performance de jazz), entre 1960 e 1964.

Cheio de bossa

Nas categorias realmente importantes, como as de melhor álbum ou gravação, o único brasuca que brilhou foi João Gilberto, um dos mestres da bossa nova. Em 1964, seu disco Getz/Gilberto, em parceria com Stan Getz, levou o troféu de melhor álbum. E “Girl from Ipanema”, cantada por sua esposa, Astrud Gilberto, levou a premiação de melhor gravação.

Verde e amarelo na veia

João Gilberto voltou a ser exaltado em 2000, desta vez na categoria de “world music”, destinada justamente aos músicos que não nasceram nos EUA. Aliás, essa categoria costuma declarar seu amor ao Brasil frequentemente: Sergio Mendes (1992), Milton Nascimento (1997), Gilberto Gil (1998 e 2005) e Caetano Veloso (1999) também já faturaram.

Vitória atrasada

Coautor de “Garota de Ipanema”, o gênio da música Tom Jobim também levou um gramofonezinho de ouro – mas póstumo. Seu último disco, Antonio Brasileiro, ganhou em performance de jazz latino. (Essa subdivisão bem específica também rendeu nossos dois prêmios mais recentes: o Trio Corrente, em 2013, e Eliane Elias, em 2016).

 

  • Relacionadas

Qual o desempenho do Brasil nos prêmios Oscar e Grammy?

Continua após a publicidade

É nosso, pero no mucho

O cinema brasileiro nunca chegou lá sozinho, mas já levamos uma estatueta: em 1960, Orfeu do Carnaval ganhou como melhor filme estrangeiro. Foi inscrito na premiação como francês, nacionalidade do diretor Marcel Camus, e teve coprodução italiana, mas é todo falado em português e foi baseado numa peça de Vinicius de Moraes (inspirada na mitologia grega).

Sempre no quase

Filme estrangeiro nos rendeu mais quatro chutes “na trave”. O Pagador de Promessa, Palma de Ouro em Cannes em 1962, perdeu no Oscar para Sempre aos Domingos. Nos anos 90, vieram três marcos do movimento conhecido como a Retomada do Cinema Nacional: O Quatrilho (1995), O Que É Isso, Companheiro? (1997) e Central do Brasil (1998).

Continua após a publicidade

Queremos ser grandes

Nas categorias principais, tivemos poucos momentos. Hector Babenco, argentino naturalizado brasileiro, disputou como diretor por O Beijo da Mulher-Aranha (1985). Central do Brasil deu uma nomeação à atriz Fernanda Montenegro. E Cidade de Deus (2002) concorreu em direção (Fernando Meirelles), fotografia (César Charlone), roteiro adaptado (Braúlio Mantovani) e edição (Daniel Rezende).

Dramas da vida real

Em 1982, a diretora Tetê Vasconcellos (irmã da senadora Marta Suplicy) concorreu como melhor documentário com El Salvador: Another Vietnam, mas o filme foi inscrito como norte-americano. Entramos nessa briga de novo em 2011, com Lixo Extraordinário (uma produção anglo-brasileira), e em 2015, com O Sal da Terra (uma parceria França-Brasil-Itália).

Continua após a publicidade

 

 

  • Relacionadas

Desenhando o prêmio

Outro gênero com boa receptividade aos brasileiros é a animação. Em 2016, concorremos com o belo longa-metragem O Menino e o Mundo. Rio (2011) gerou uma indicação de melhor canção a Sergio Mendes e Carlinhos Brown, por “Real in Rio” (aliás, essa categoria também garantiu a primeira indicação brasileira na história do Oscar, em 1945, para o compositor Ary Barroso, pela canção “Rio de Janeiro”, no filme Brazil). O diretor de Rio, o carioca Carlos Saldanha, já havia concorrido na categoria de curta animado com A Aventura Perdida de Scrat (2002). E, por falar em curta-metragem, Uma História de Futebol concorreu nessa categoria em 2001.  

FONTES Sites Grammy, Oscar, G1, IMDb e O Globo

 

Inscreva-se na newsletter da Mundo Estranho e receba, toda semana, dez notícias e reportagens que vão te surpreender!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.