Qual foi o primeiro fóssil de dinossauro encontrado?

Foi uma parte do fêmur de um megalossauro – Megalosaurus bucklandii –, em 1676, na Inglaterra. Na época, pensaram que pertencia a um elefante, e foi assim que o item foi registrado no livro The Natural History of Oxfordshire pelo reverendo inglês Robert Plot, responsável pelo achado. Outros acreditavam, ainda, que se tratasse de parte do corpo de um gigante.

Anos depois, em 1815, uma mandíbula cheia de dentes foi encontrada na mesma região do fêmur e, em 1824, o paleontólogo britânico Willian Buckland associou os dois fósseis ao mesmo animal.

A classficação taxonômica Dinosauria e o termo popular “dinossauro” só surgiram em 1842 e, logo de cara, se aplicaram a três espécies: o pioneiro megalossauro, o iguanodon e o hylaeossauro.

O “grande lagarto” – significado literal do nome megalossauro – era bípede, carnívoro, possuía de 8 a 9 m de comprimento e mandíbulas muito poderosas. Ele viveu no Período Jurássico e já serviu de inspiração para personagens da cultura pop, como o Dino da Silva Sauro, patriarca da Família Dinossauro.

Vale destacar que muitos fósseis de dinossauro (e outros resquícios de seres vivos pré-históricos) foram encontrados antes desse por povos de diversas partes do mundo. O problema é que nunca foram identificados como tal.

Por exemplo: os aborígenes Goolarabooloo, da costa oeste australiana, preservam até hoje pegadas de dinossauros pescoçudos que consideram marcas dos pés de uma divindade. Um deles atribuiu pegadas específicas, com só três dedos, ao homem-emu Marala, uma divindade legisladora.

Fósseis de parentes distantes das Cicadáceas, plantas com folhas semelhantes às de palmeiras, também eram tratados com reverência por sua semelhança com a descrição das penas do mítico legislador-pássaro.

Fonte: Max Lager, professor de paleontologia da USP; livro The Natural History of Oxford-Shire, de Robert Plot.

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