Qual foi a maior batalha entre índios e o Exército americano no Velho Oeste?
Existem controvérsias, mas uma das maiores – e certamente a mais famosa – foi a batalha de Little Big Horn (“Pequeno Grande Chifre”), travada em 1876 na região onde hoje fica o estado de Montana, nos Estados Unidos. No conflito, morreram cerca de 40 índios e 240 soldados americanos, entre eles o famoso tenente-coronel George Armstrong Custer – a patente de general, com a qual Custer ficaria conhecido, era apenas temporária e só durou até o fim da Guerra Civil Americana (1861-1865). As disputas entre nativos e brancos explodiram no início do século 19, com a expansão colonial em direção ao chamado Oeste Longínquo, ou Far West, em inglês.
Nessa época, missionários, caçadores de peles, agricultores e militares se aventuraram pela região, invadindo terras que originalmente pertenciam aos índios. “Essas invasões, combinadas com o avanço das ferrovias pelas áreas das tribos e com a eliminação das manadas de búfalos que garantiam a sobrevivência dos nativos, causaram um enorme levante das tribos sioux e cheyenne, que se juntaram para formar a maior força de guerreiros do continente”, afirma o historiador britânico John MacDonald, autor do livro Great Battlefields of the World (“Grandes Campos de Batalha do Mundo”). Com a descoberta de ouro na Califórnia, em 1848, uma nova onda de colonos migrou para o oeste, aumentando o número de conflitos. Pressionado, o governo americano decidiu confinar as maiores tribos em reservas e mandar tropas do Exército para obrigá-las a permanecer por lá. Uma dessas unidades era a Sétima Cavalaria, que tinha uma coluna comandada pelo “general” Custer.
No dia 25 de junho de 1876, o oficial e seus homens encontraram perto do rio Little Big Horn um grande acampamento indígena, liderado pelos chefes Touro Sentado e Cavalo Louco. Subestimando o número de inimigos, Custer ordenou o ataque. Mais numerosos e bem armados, os nativos aniquilaram os soldados. O morticínio, claro, enfureceu o governo, que enviou mais tropas para a região, obrigando as nações indígenas a se renderem. Todas elas desapareceram ou perderam sua riqueza cultural original
Em 25 de junho de 1876, cerca de 240 soldados de uma coluna da Sétima Cavalaria, tropa do Exército americano comandada pelo “general” Custer, avançaram contra as tribos cheyenne e sioux no vale do riacho Little Big Horn, no território atual de Montana, nos Estados Unidos. A batalha, que ganhou o nome do rio, é considerada o mais famoso confronto do Velho Oeste
1. Após dividir suas tropas para atacar os índios por várias direções, Custer chega a uma ribanceira, de onde avista uma grande aldeia no vale de Little Big Horn. Pedindo reforços e mais munição, ele envia um mensageiro até um destacamento próximo e prepara uma ofensiva para pegar os nativos de surpresa
2. O ataque começa quando uma patrulha da Cavalaria se aproxima da aldeia, desce dos cavalos e atira contra os índios, que reagem prontamente. Além de flechas, machadinhas e outras armas tradicionais, as tribos revidam com rifles de repetição, adquiridos em trocas com negociantes americanos. Essas armas eram mais eficientes que as carabinas usadas pelo Exército
3. Depois da investida da patrulha, a força principal decide atacar. À frente do batalhão, Custer lidera a descida de mais de 200 homens ribanceira abaixo. A ofensiva, entretanto, é bloqueada por cerca de 1 500 índios. Já em campo aberto, os soldados sofrem um contra-ataque violento e são obrigados a recuar
4. Menos numerosos que os índios, os soldados tentam fugir até uma colina próxima e formam um círculo defensivo alguns matam seus próprios cavalos para usar as carcaças como proteção. Sob o comando do chefe Cavalo Louco, da tribo cheyenne, mais de mil índios avançam contra a Cavalaria
5. Com rapidez, os índios sobem a colina pelo lado oposto, cercando a Cavalaria pelos lados e pela retaguarda. Em menos de meia hora, todos os soldados são mortos. Depois da vitória, as tribos promovem um ritual de vingança, mutilando dezenas de cadáveres. O corpo de Custer, curiosamente, não foi tocado: em vez da farda, ele usava roupas civis na batalha e provavelmente não foi reconhecido
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