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Qual é o veneno mais venenoso do mundo?

Confira a lista das substâncias mais letais que existem - e fique longe delas!

Por Yuri Vasconcelos
Atualizado em 22 fev 2024, 11h34 - Publicado em 4 nov 2009, 19h10

É a toxina botulínica, uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, intoxicação alimentar rara, mas que pode ser fatal.

O poder mortífero de um veneno é medido pela chamada “dose letal 50” (DL50), que é a quantidade capaz de matar, em até 14 dias, metade de uma população de animais usados para teste.

No humano, a DL50 da toxina botulínica é de apenas 0,4 nanograma por quilo – um nanograma equivale a um bilionésimo de grama. Ou seja, para aniquilar um jovem de 50 quilos, por exemplo, seria preciso apenas irrisórios 20 nanogramas do composto!

Há milhares de tipos de veneno – que podem ter origem animal, mineral, vegetal ou ser produzidos em laboratório -, e, ao longo da história, vários têm sido usados para matar.

Confira a lista das substâncias mais letais que existem – e fique longe delas!

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As substâncias mais letais do planeta

8. CIANURETO

Origem: Vegetais, como a mandioca, ou sintetizado em laboratório
Forma de contaminação: Ingestão ou inalação
Dose letal*: 5 miligrama/kg
Antídoto: Nitrito de sódio
Também chamado de cianeto, esse composto existe na forma de gás ou de pó. Ele destrói as células do sangue, causa parada respiratória e debilita o sistema nervoso central. Após a derrota alemã na Segunda Guerra, muitos oficiais nazistas se mataram engolindo uma cápsula de cianureto

7. ESTRICNINA

Origem: Planta Strychnos nux vomica
Forma de contaminação: Ingestão, inalação ou contato com a pele
Dose letal*: 2,3 miligrama/kg
Antídoto: Não tem. Diazepan intravenoso ameniza os sintomas
Sintetizada no início do século 19, a estricnina é um pó usado como pesticida para matar ratos. O envenenamento gera convulsões, espasmos musculares e morte por asfixia. Apesar disso, no passado já foi usada como anabolizante, para aumentar as contrações musculares de atletas!

6. SARIN

Origem: Sintetizado em laboratório
Forma de contaminação: Inalação
Dose letal*: 0,5 miligrama/kg
Antídoto: O remédio atropina
Criado pelos nazistas em 1939, o gás sarin é uma das armas químicas mais poderosas que existem. Em contato com o organismo, o veneno debilita os músculos, causando parada cardíaca e respiratória. Foi esse o gás usado num atentado ao metrô de Tóquio em 1995, que matou 12 pessoas e feriu outras 5 mil

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5. RICINA

Origem: Mamona (Ricinus communis)
Forma de contaminação: Ingestão ou inalação da substância
Dose letal*: 22 microgramas/kg
Antídoto: Não tem
Considerada o mais letal veneno de origem vegetal, a ricina é uma proteína isolada das sementes da mamona. O envenenamento provoca dor de estômago, diarreia e vômito com sangue. Uma semente de mamona tem ricina suficiente para matar uma criança. De tão letal, é usada até em ataques bioterroristas

4. TOXINA DIFTÉRICA

Origem: Bacilo Corynebacterium diphtheriae
Forma de contaminação: Gotículas de saliva da fala ou espirro de pessoas contaminadas
Dose letal*: 100 nanogramas/kg
Antídoto: Soro antidfitérico
O sujeito que se contamina com essa toxina pena um bocado com uma doença infecciosa aguda, a difteria, que atinge órgãos vitais, como coração, fígado e rins. Há vacina contra difteria, mas a taxa de letalidade ainda é bastante alta, beirando os 20%

3. SHIGA-TOXINA

Origem: Bactérias dos gêneros Shigella e Escherichia
Forma de contaminação: Ingestão de bebidas ou alimentos contaminados
Dose letal*: 1 nanograma/kg
Antídoto: Não tem. Tratam-se os sintomas até o veneno ser expelido pelo corpo
A intoxicação causa uma diarreia tão forte que pode levar à morte. O veneno destrói a mucosa do intestino, causando hemorragia e impedindo a absorção de água. A pessoa fica desidratada e faz cocô com sangue. Se não for tratada, mata 10% dos afetados

2. TOXINA TETÂNICA

Origem: Bactéria Clostridium tetani
Forma de contaminação: Contato dos esporos da bactéria com ferimentos na pele
Dose letal*: 1 nanograma/kg
Antídoto: Soro antitetânico
Essa é a toxina causadora do tétano, doença que ataca o sistema nervoso provocando espasmos musculares, dificuldade de deglutição, rigidez muscular do abdome e taquicardia. Estima-se que 300 mil pessoas se contaminem com o veneno por ano no mundo – desse total, metade morre!

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1. TOXINA BOTULÍNICA

Origem: Bactéria Clostridium botulinum
Forma de contaminação: Inalação ou ingestão de água ou alimentos contaminados
Dose letal*: 0,4 nanograma/kg
Antídoto: Antitoxina trivalente equina
Dez mil vezes mais potente do que os venenos de cobra, essa toxina age sobre o sistema neurológico, causando paralisia dos músculos respiratórios e morte. Curiosamente, em pequenas doses, essa substância é usada em tratamentos estéticos para amenizar rugas – é o famoso Botox

*dose letal caso os animais tivessem a mesma constituição biológica do humano

CONSULTORIA Cyro Hauaji Zacarias, biomédico, consultor em toxicologia e mestrando da Universidade de São Paulo (USP)

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