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Qual é o jeito certo de jogar fora óleo de cozinha usado e pilhas velhas?

Esses dois produtos podem ser reciclados: o óleo para virar sabão e as pilhas para serem transformadas em metais reutilizáveis. Por isso, nada de mandá-los direto para o lixo. No quadro abaixo, explicamos o jeito ideal de jogar fora alguns dos dejetos mais complicados que produzimos dentro de casa. É claro que os governantes têm […]

Por Débora Pivotto
Atualizado em 22 fev 2024, 11h24 - Publicado em 18 abr 2011, 18h34

Esses dois produtos podem ser reciclados: o óleo para virar sabão e as pilhas para serem transformadas em metais reutilizáveis. Por isso, nada de mandá-los direto para o lixo. No quadro abaixo, explicamos o jeito ideal de jogar fora alguns dos dejetos mais complicados que produzimos dentro de casa. É claro que os governantes têm a responsabilidade de criar locais apropriados – como bons aterros sanitários – para receber todo lixo produzido. Mas a gente também pode (e deve) ajudar. “Todos são responsáveis pelos resíduos: quem fabrica, quem vende e quem compra”, afirma Adriano Calhau, coordenador do Instituto Triângulo, entidade que recolhe materiais recicláveis.

Golpe sujo
Detritos mal encaminhados atrapalham até a reprodução dos peixes

Pilhas e baterias

O que fazer – A lei ambiental permite que pilhas comuns sejam jogadas no lixo. Pilhas e baterias nocivas têm um símbolo especial na embalagem. Essas nunca podem ir para o lixo e devem ser devolvidas no local de compra do produto que as utiliza. Mas o ideal é reciclar todo tipo de pilha. Junte-as em casa e depois deposite-as em postos de coleta – que existem em várias lojas

O problema – As pilhas e baterias mais nocivas têm materiais pesados, como mercúrio, que podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. Pilhas comuns de marcas duvidosas também são uma ameaça. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, 100% das pilhas piratas vazam

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Computador

O que fazer – Para se livrar de um velho computador, você pode ligar para o fabricante pedindo orientação. Alguns fabricantes informam que as assistências técnicas recolhem modelos antigos, mas na prática nem sempre isso ocorre. Se essa saída não funcionar, tente doar sua máquina. A ONG Pensamento Digital (pensamentodigital.org.br) é um exemplo de entidade que aceita doações

O problema – Tanto um monitor como uma CPU são capazes de contaminar o solo e a água. “Com a máquina exposta no ambiente, o material férrico das placas libera ácidos e óxidos que podem ser corrosivos”, diz o biólogo Walter Barrella. No monitor há um tubo que contém metais pesados

Óleo de cozinha

O que fazer – A melhor solução é a reciclagem, pois o óleo usado pode se transformar em sabão. Espere o óleo esfriar e depois coloque-o dentro de garrafas de refri do tipo pet. O duro, mais uma vez, é encontrar quem recolha o produto… Há ONGs, como o Instituto Triângulo (triangulo.org.br), que coletam o material. Se não achar nenhuma, coloque as pet no lixo reciclável

O problema – Se o óleo chegar a um lixão e escorrer pela área, pode impermeabilizar o solo e contaminar a água de lençóis freáticos. Já o óleo jogado no ralo da pia causa outro transtorno: a gordura se solidifica nos canos. Essa é a causa de 40% dos entupimentos de esgoto de rua em São Paulo

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Papel higiênico

O que fazer – É melhor jogar o papel higiênico no lixo ou na privada? Papéis mais finos podem ir para o vaso sanitário, pois se desmancham na água. Mas não dá para fazer o mesmo com aqueles do tipo “lixa”. Na dúvida, jogue no lixo

O problema – A maior questão nem é tanto um impacto ambiental. O problema é que folhas de um papel higiênico mais grosso não se dissolvem facilmente na água da privada e podem acabar entupindo os canos da rede de esgoto

Remédio

O que fazer – Jogar remédio vencido no lixo não é saudável para o meio ambiente. “Medicamentos que tomamos via oral e principalmente os injetáveis devem ser recolhidos e incinerados”, diz José Liporage, vice-presidente da Associação dos Farmacêuticos do Brasil. Tente devolvê-los na farmácia perto de casa ou no posto de saúde mais próximo

O problema – Remédios que acabam num lixão podem atrapalhar a limpeza natural da área. Alguns antibióticos prejudicam as bactérias que decompõem o lixo. Pior ainda se essas substâncias terminarem em cursos d’água. Hormônios dos anticoncepcionais, por exemplo, podem afetar a reprodução de peixes

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