A primeira diferença está no tamanho. Ambos são definidos como uma extensão de água cercada por terra mas os lagos são maiores. O problema é que não existem dimensões mínimas ou máximas para cada um deles, o que pode gerar confusões. Existe outra diferença relacionada à origem de sua formação. “Os lagos geralmente são resultados de transformações em larga escala do relevo terrestre”, afirma o geógrafo Mário de Biasi, da Universidade de São Paulo (USP). A maioria dos lagos atuais nasceu durante as glaciações do período Pleistoceno (entre 1,6 milhão e 10 mil anos atrás), quando boa parte da Terra ficava coberta de gelo. O lento deslocamento das geleiras abria grandes depressões no solo, onde a água se acumulava. Isso explica a alta concentração de lagos no hemisfério norte (zona bastante afetada pela glaciação), como os Grandes Lagos, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá.
Outra possibilidade é a elevação de montanhas, como a cordilheira dos Andes, que deu origem ao lago Titicaca, na fronteira entre Peru e Bolívia. Já as lagoas costumam ser resultado de fenômenos localizados. “Um desmoronamento ou mesmo um único castor podem formar uma lagoa”, diz Mário. Como não existem limites precisos para diferenciar um do outro, os termos geram confusão e, no final, a escolha do nome depende mais do uso popular. Um bom exemplo é a lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul – apesar de ser a maior do Brasil, ela não é chamada de lago.
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