Esses pequenos roedores, que habitam os países escandinavos, não se atiram e sim caem no mar por acidente. Assim, não passa de ficção a história de que correm em bandos até a beirada de precipícios e se jogam de propósito no oceano em um cinematográfico suicídio coletivo. Os especialistas chegaram à conclusão de que isso ocorre por causa de explosões populacionais que surgem, em média, a cada quatro anos. Quando o número de lemingues cresce demais, falta comida e eles iniciam, no final do verão ou no outono, movimentos migratórios em busca de alimento. Esse deslocamento nem sempre é ordenado e muitos acabam se dirigindo para as bordas de penhascos e despencando no mar, pressionados pelo numeroso bando de lemingues que vem logo atrás deles. “É uma estratégia natural de sobrevivência. Se eles ficarem no mesmo lugar, morrerão de fome. Quando se deslocam, no entanto, muitos caem e se afogam em rios e lagos”, afirma o biólogo Peter Tuchin, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos.