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Por que as mulheres não ficam carecas?

Por Artur Louback Lopes
Atualizado em 22 fev 2024, 11h18 - Publicado em 18 abr 2011, 18h47
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Para início de conversa, mulheres também têm calvície, embora não seja tão intensa e comum como nos homens. A forma mais comum de calvície é conhecida pelos médicos como alopecia androgenética e isso diz tudo: a calvície é motivada pela herança genética e pelos hormônios andrógenos, que definem as características sexuais masculinas. Ou seja, embora mulheres também sofram de queda de cabelo, o problema é determinado por hormônios masculinos. Entenda por que: a principal reação bioquímica que gera a calvície acontece quando a enzima 5-alfa-redutásia age sobre a testosterona (o principal tipo de hormônio masculino), produzindo outro hormônio, o di-hidro-testosterona (DHT). Esse hormônio é o grande responsável pelo afinamento dos fios e conseqüente queda, mas ele não é o único responsável. Afinal se a pessoa não tiver receptores celulares sensíveis ao DHT no couro cabeludo, o hormônio não age. E o que define a sensibilidade desses receptores é a herança genética. A diferença é que mulheres produzem muito menos testosterona que homens e, portanto, mesmo que tenham predisposição genética, não têm DHT suficiente para produzir uma devastação tão grande na cabeleira – o mais comum é que o cabelo fique fininho, como o de um bebê, e não chegue a cair. Outra diferença entre os dois sexos é a posição dos bulbos capilares (de onde sai cada fio de cabelo) e, portanto, a calvície também é diferente. “No homem, a queda de cabelo começa pela região da fronte, com as famosas entradas, e no vertex (aquele ponto no topo da cabeça onde os fios se encontram). Nas mulheres, a alopecia fica mais concentrada bem no topo da cabeça”, diz a dermatologista Eniude Borges, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Sexo frágil Veja outras anomalias que predominam entre os homens

DALTONISMO

Em função do funcionamento irregular de alguns cones (as células que distingüem as cores) o daltônico não consegue ver algumas cores. A anomalia existe nos dois sexos, mas é muito mais comum entre os homens (algo como 20 daltônicos para cada daltônica), que precisam levar a deficiência em apenas um cromossomo, enquanto, nas mulheres, o defeito precisa constar em uma dupla

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HIPERTRICOSE AURICULAR

Esse distúrbio de nome esquisito se manifesta de forma ainda mais estranha: excesso de pêlos na orelha (eca!). Felizmente, essa característica é determinada por um gene que se aloja em um cromossomo que só existe nos homens – portanto nenhuma mulher sofre deste problema. Já pensou uma dama com tufos de pêlos na orelha?

HEMOFILIA

Doença caracterizada pela dificuldade em coagular o sangue, o que faz com que qualquer arranhão possa se transformar em uma hemorragia. Geneticamente é o mesmo caso do daltonismo: existe nos dois sexos, mas é bem mais comum entre os machos. Do cruzamento de uma hemofílica e um não hemofílico, por exemplo, nascem só filhos hemofílicos e nenhuma filha hemofílica

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