Por que chama mais a atenção. Em caso de acidentes, a caixa-preta – que guarda os dados do voo – precisa ser rastreada em locais de difícil acesso, como o fundo do mar. Por isso, além de ser laranja, ela carrega duas tiras fosforecentes, que refletem a luz. A expressão caixa-preta vem da década de 50, quando os circuitos eletrônicos do avião eram agrupados em compartimentos, mas o termo correto é Flight Data Recorder (em inglês, “ gravador de dados do voo”). “Como o funcionamento dos circuitos era obscuro, as caixas ficaram conhecidas como black boxes, já que a cor preta remete ao desconhecido”, explica Hildebrando Hoffmann, professor de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS.
E o apelido pegou justo na única caixa que, por convenções mundiais de aviação civil, é obrigatoriamente da cor laranja. Em média, uma caixa-preta utilizada por aviões comerciais tem 13 cm de altura por 12 de comprimento, podendo pesar cerca 5 kg. Feita com uma liga de titânio e resina, a caixa suporta temperaturas de até 1100º C.