Estruturas semelhantes aos chifres dos bois, os cornos, que lembram duas anteninhas, são usados pelos machos para atingir os adversários quando eles lutam entre si, trocando cabeçadas e pescoçadas. Já para as fêmeas essas estruturas não têm utilidade nos dias de hoje, uma vez que elas não se metem em brigas. “No passado remoto, os cornos estavam associados a um mecanismo de defesa: eram empregados pelas girafas para se defender de predadores. Mas, com o passar do tempo, perderam essa função. Hoje, o único predador da girafa é o leão, combatido com violentos coices”, afirma a bióloga Kátia Cassaro, da Fundação Zoológico de São Paulo. Ao contrário dos chifres, que são trocados periodicamente, os cornos são para toda a vida. “Eles são um prolongamento do crânio e se quebrarem não nascem mais”, diz Kátia.
Conhecidos cientificamente como ossicones, eles são formados de pedaços de ossos recobertos por pele e podem chegar a medir até 13,5 centímetros. O curioso é que, quando as girafas envelhecem, depósitos de cálcio se acumulam no alto da cabeça, dando a impressão de que ela ganhou novos cornos.