– O telefone que não precisa de botões
– Como é o teclado de computador em países como Japão e Arábia Saudita?
A cerquilha (#) e o asterisco (*) servem para acionar recursos adicionais em telefones fixos e móveis. Serviços extras oferecidos por companhias telefônicas, como secretária eletrônica e atendimento simultâneo, geralmente são “chamados” por esses botões, seguidos por um determinado código numérico. Mas, se você discar essas teclas no meio de uma ligação e não tiver nenhum desses serviços contratado na sua linha, nada acontece. Segundo o engenheiro Luiz Gonçalves Neto, da USP de São Carlos, as duas teclas também podem ser configuradas em redes empresariais (os famosos PABX, sigla para “troca automática de ramais privados” em inglês) e aparelhos domésticos para fazer transferência entre ramais e rediscagem automática, por exemplo. Essas facilidades começaram a surgir na década de 1960, quando os laboratórios da Bell, nos Estados Unidos, criaram o sistema DTMF (sigla em inglês para “tom duplo de multifreqüência”) – até então, a cerquilha e o asterisco nem existiam nos aparelhos. Com o DTMF, os sinais elétricos de discagem foram trocados pelos sonoros, que podiam ser entendidos pelos computadores das centrais telefônicas. É por isso que essas teclas só funcionam no sistema de tom, e não no de pulsos. Quando os botões # e * entram em ação, a conversa é entre telefone e computador, sem linha cruzada!