Elas fazem parte dos chamados “armamentos de distração”, usados quando se quer amedrontar ou incapacitar um inimigo sem matá-lo. A bomba de efeito moral propriamente dita é parecida com a granada militar comum.
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Quando acionada, ela inflama uma mistura química que explode com grande estrondo, normalmente espalhando uma nuvem de talco. Há também a bomba de fumaça, usada para obscurecer a visão; a flashbang, que produz um clarão que desorienta a vítima temporariamente; e a de gás lacrimogêneo, que irrita as mucosas de olhos, nariz, boca e pulmões, fazendo a pessoa espirrar, chorar e tossir fortemente. Mas, enquanto as granadas militares soltam estilhaços de metal mortíferos, as de efeito moral são feitas com um plástico que se desintegra – assim, não ferem ninguém, pelo menos em teoria.
Na prática, as explosões são fortes o suficiente para provocar contusões graves em quem estiver por perto. “Em altas concentrações, até o gás lacrimogêneo pode ser fatal. Por isso, os profissionais que empregam essas bombas têm que ser muito bem treinados“, diz o delegado Maurício Lemos Freire, especialista no assunto, da Academia de Polícia Coriolano Cobra, em São Paulo.