Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

O que mudou nas regras do futsal nos últimos 20 anos?

Praticamente tudo. Antes das mudanças, a bola era bem menor e mais pesada, existiam bandeirinhas, cobrava-se lateral com as mãos, o juiz dava acréscimo ao tempo de jogo e por aí em diante. Tudo era muito parecido com as regras do futebol de campo, que imperaram desde o início do bate-bola nas quadras (na década […]

Por Artur Lopes
Atualizado em 22 fev 2024, 11h12 - Publicado em 18 abr 2011, 18h49

Praticamente tudo. Antes das mudanças, a bola era bem menor e mais pesada, existiam bandeirinhas, cobrava-se lateral com as mãos, o juiz dava acréscimo ao tempo de jogo e por aí em diante. Tudo era muito parecido com as regras do futebol de campo, que imperaram desde o início do bate-bola nas quadras (na década de 30) até 1989, quando a Fifa assumiu a modalidade. Naquele ano, o futebol de salão, popular na América do Sul, e o futebol cinco, praticado na Europa, foram fundidos e ganharam o nome de futsal. E a revolução nas regras começou: a área ficou maior, os bandeirinhas foram banidos, o goleiro passou a jogar com os pés, liberou-se o gol dentro da área, acabou o limite de cinco substituições, surgiu o tiro livre após a quinta falta coletiva… Boa parte dos especialistas, dos fãs e dos craques aprovou o troca-troca. “O jogo ganhou dinamismo e criatividade, deixando o futsal mais atrativo. Só não gostei muito da mudança do lateral: acho que a reposição com as mãos dava mais emoção”, afirma o craque brasileiro Manoel Tobias, considerado o “Pelé das quadras”. Hoje, o esporte é um dos que mais crescem no mundo – em 96, apenas 46 países disputaram as eliminatórias para o campeonato mundial. Atualmente, a Fifa já tem 130 afiliados. O próximo desafio é transformar o futsal em esporte olímpico. O passo decisivo pode ser o 8º Campeonato Mundial, que acontece a partir do dia 21 deste mês em Taiwan. A competição será transmitida para o mundo todo e promete ser a mais equilibrada da história. Os brasileiros, pentacampeões, eram praticamente imbatíveis até 2000, quando perderam o título para a Espanha. Além desses dois favoritos, italianos, argentinos e até ucranianos têm times fortes para sonhar com o caneco.

Quanta diferença!

Continua após a publicidade

Na última década, o jogo se reinventou para conquistar mais público

SUBSTITUIÇÃO LIBERADA

Antes das mudanças, cada time só tinha direito a cinco substituições por jogo — assim como no campo, quem saía não podia mais voltar. A partir de 1995, acabou esse limite e nasceu a “troca volante”: as substituições acontecem com a bola rolando, o jogador pode entrar quantas vezes o técnico quiser e não precisa mais da autorização do juiz para começar a jogar

ORA, BOLAS!

Em 1997, a Fifa deixou a bola do jogo maior e mais leve — a circunferência aumentou de 62 para 64 centímetros e o limite de peso baixou de 500 gramas para 440 gramas. As partidas ficaram mais rápidas e dinâmicas: surgiram lances de efeito, como chapéus e voleios, improváveis na era da bola pesada

ÁREA ALTERADA

Até o início da década de 90, gols dentro da área eram proibidos. Assim que assumiu o futsal, a Fifa acabou com essa proibição e aumentou a área – a distância entre as traves e a linha da área passou de 4 para 6 metros. A marca do pênalti, que ficava a 7 metros do gol, foi colocada na linha da área, 1 metro mais perto

Continua após a publicidade

GOLEIRO-ARTILHEIRO

Antes, o goleiro não podia tocar na bola fora da área nem lançá-la no campo do adversário — a bola tinha que quicar antes no campo de defesa. Pelas novas regras, ele ganhou o direito de lançar a bola além do meio da quadra e de jogar com pés, inclusive fora da área. Com isso, o goleiro virou um curinga, descendo ao ataque e até fazendo gols

PANCADARIA REPRIMIDA

Para punir a violência, uma regra antiga que existe até hoje manda para o chuveiro quem cometer mais que cinco faltas. Depois da quinta falta coletiva, a cobrança é sem barreira. Em 2000, a Fifa complementou a regra, determinando que as faltas sem barreira fossem cobradas da marca de tiro livre, a 10 metros do gol. É quase um pênalti!

REPOSIÇÃO POLÊMICA

Até 1989, laterais e escanteios eram cobrados com as mãos e geravam muitos gols aéreos — as regras antigas permitiam estufar as redes de cabeça dentro da área. Hoje as saídas de bola são repostas com os pés, uma mudança que causou polêmica: o adversário pode ficar a 3 metros do cobrador, dificultando os lançamentos longos

CARTÕES MUTANTES

No futsal, o cartão amarelo serve como advertência, igualzinho ao campo. O vermelho também significa expulsão, mas com uma diferença: depois de dois minutos desfalcada, a equipe pode colocar outro jogador. Durante alguns anos, também existiu o cartão azul, que eliminava o infrator, mas permitia que um reserva entrasse no seu lugar imediatamente

Continua após a publicidade

ADEUS AOS BANDEIRINHAS

Desde a década de 30, o futsal herdou do campo os bandeirinhas. Mas pense bem: como não há impedimento, a função deles era só marcar a saída de bola. Os cartolas chegaram a essa mesma conclusão e trocaram o trio de arbitragem por uma dupla de juízes. Cada um apita de um lado da quadra, mas um deles tem a palavra final nas marcações polêmicas

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.