O que há entre o elétron e o núcleo do átomo?
Na verdade, não há nada além da força entre as camadas
Não existe nenhum tipo de matéria, apenas forças que mantêm o átomo em equilíbrio. Os átomos, a menor porção da matéria, foram descobertos no início do século XIX pelo físico inglês John Dalton. Num primeiro momento, pensava-se que eles eram partículas sólidas e indivisíveis. Mas a descoberta da radioatividade – processo pelo qual os átomos perdem partículas em forma de radiação – colocou o modelo em dúvida. O neozelandês Ernest Rutherford revolucionou essa teoria ao determinar um modelo de átomo em que as partículas negativas (elétrons) giram em torno do núcleo, onde estão partículas positivas (prótons) e neutras (nêutrons). Para Rutherford, os elétrons permaneciam gravitando em torno do núcleo, como os planetas ao redor do Sol. A questão da estabilidade dos átomos foi resolvida pelo dinamarquês Niels Bohr, que aperfeiçoou a tese de Rutherford. Em seu modelo, os elétrons encontram-se girando em alta velocidade ao redor do núcleo.
A distância entre eles e os prótons permanece constante, graças à ação de forças eletrostáticas, que mantêm em repouso corpos dotados de carga elétrica. “Essa distância varia de um átomo para outro. Em um átomo de hidrogênio, o mais simples, ela é equivalente a um décimo bilionésimo de metro”, afirma o químico André B. Henriques, da USP.