Era uma linha direta de comunicação entre o governo dos EUA e o da União Soviética durante a Guerra Fria. Ironicamente, não era um telefone (e sim um teletipo, uma espécie de máquina de escrever eletromecânica conectada a uma linha telefônica) e não era vermelho (o apelido foi dado pela mídia). A ideia de um meio de comunicação entre a Casa Branca, em Washington DC, e o Kremlin, em Moscou, surgiu após a Crise dos Mísseis Cubanos. Esse impasse militar, em outubro de 1962, quase provocou uma guerra nuclear – em parte, pela falta de diálogo rápido entre os dois governos. Acordado em junho de 1963 (50 anos atrás), o telefone foi implementado em agosto do mesmo ano. Com o tempo, foi substituído por tecnologias mais modernas, como transmissões via satélite.
Consultoria Pedro Paulo Furnari, professor do Departamento de História da Unicamp
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