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Mulheres que mudaram a história: Isabel 1a, rainha de Castela

Isabel, rainha de Castela, unificou a Espanha, retomou a Inquisição católica e levantou dinheiro para a viagem de Cristóvão Colombo às Américas

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 6 mar 2018, 18h17
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  •  (Maurício Planel/Mundo Estranho)
    isabel-I
    (Maurício Planel/Mundo Estranho)

    O que foi: Rainha
    Onde viveu: Castela
    Quando nasceu e morreu: 1451-1504

    O ano de 1492 foi movimentado. Logo em 2 de janeiro, os mouros, muçulmanos do norte da África que ocupavam a Península Ibérica fazia oito séculos, se renderam em Granada, a última cidade que eles ainda dominavam. Em 12 de outubro, Cristóvão Colombo chegou às Américas. Uma pessoa estava no centro desses dois acontecimentos: Isabel 1ª, rainha de Castela.

    Não por acaso, a primeira cidade europeia nas Américas fica na ilha de Hispaniola (hoje dividida entre Haiti e República Dominicana) e se chama Isabella. Colombo a batizou assim em homenagem à rainha que bancou a aventura de atravessar o planeta com três embarcações.

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    O navegador genovês havia recebido respostas negativas por meses, até encontrar uma governante corajosa. Isabel não penhorou joias, como dizia uma lenda antiga, mas mobilizou um grupo de comerciantes amigos, dispostos a correr o risco de prejuízos em nome da rainha.

     

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    Uma consequência da descoberta foi a assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494. A linha dividiu por séculos as terras da América (pelo menos a Central e a do Sul) entre Portugal e Espanha. Em poucas décadas, já havia espanhóis nos atuais México, Peru e Argentina. Para a alegria da governante católica, eles levaram suas espadas e suas cruzes para novos territórios, cheios de riquezas e pessoas a serem convertidas.

    Até chegar a esse ponto de glória, a vida de Isabel foi tumultuada. Filha de João 2º, rei de Castela, ela recebeu o trono do meio-irmão, Henrique 4º. Enquanto entrava em guerra contra Joana, filha de seu irmão, para se manter no poder, negociou o casamento com o primo de segundo grau Fernando de Aragão – a família tinha outros pretendentes em vista.

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    Ao lado do esposo, com quem se uniu em 1469, ela unificou os dois reinos, anexou as ilhas Canárias e, na prática, criou a Espanha como uma nação unificada.

    Isabel pode ser considerada a primeira rainha da Espanha, porque uniu o país depois de se casar e expulsar os mouros. Mas também retomou as perseguições por motivos raciais e religiosos.

    PERSEGUIÇÃO TOTAL

    A Inquisição já tinha acabado fazia séculos quando, em 1478, ela e o marido convenceram o papa Xisto 4º a dar um reinício às atividades do tribunal, agora sediado em Sevilha e comandado pelo frei dominicano Tomás de Torquemada.

    Sob seu comando, a Inquisição forçou 200 mil judeus a fugir. Quem ficou teve que se converter (são os chamados cristãos-novos) ou foi parar na fogueira – praticar judaísmo era mais grave do que fazer bruxaria. Até acabar, só em 1834, o tribunal queimou 32 mil pessoas.

    Isabel faleceu em 1504, muito doente, possivelmente vítima de câncer de útero, e deprimida por culpa de uma série de tragédias familiares. Seu neto Carlos 1º (filho de sua filha Joana, a Louca) se tornaria o maior líder da Europa ao assumir o trono do Sacro Império Romano. Graças a ela, a Espanha entrou no século 16 como um dos mais importantes impérios do mundo.

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