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Mulheres que mudaram a história: Margaret Thatcher

Amada e odiada, ela colocou o Reino Unido nos eixos. E ainda foi decisiva para que o fim da Guerra Fria não desse início a uma 3ª Guerra Mundial

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 6 mar 2018, 11h57

Assim que assumiu o posto de primeira-ministra, a primeira mulher no cargo em toda a história do país, Thatcher deixou claras suas intenções: “Vou transformar a Inglaterra de uma sociedade do ‘Me dê tudo’ em uma nação do ‘Faça você mesmo'”. Os britânicos enfrentavam uma crise econômica grave, e o começo de governo, em 1979 e em 1980, foi marcado por greves, protestos e até mesmo falta de alimentos.

Mas Thatcher se manteve fiel a seus princípios – essa era uma de suas características mais marcantes, que fizeram a imprensa soviética apelidá-la de Dama de Ferro, um codinome que ela adorava. Em poucos anos, a situação melhorou e a premiê conseguiu modernizar o sistema produtivo da Inglaterra. Diminuiu a inflação e o desemprego. Cortou impostos e privatizou indústrias estatais.

Coerente com suas ideias, reduziu os programas assistenciais e o espaço dos sindicatos. Foi amada e odiada do começo ao fim de seus 11 anos de mandato.

Líder arrojada

Thatcher já sabia exatamente o que fazer quando chegou ao poder. Desde o começo da década de 1970, ela vinha insistindo para que o Partido Conservador se atualizasse. Começou cortando subsídios para empresas, uma medida que, num primeiro momento, provocou um número recorde de fechamento de empresas. Pressionada, manteve-se coerente com seus objetivos. “As coisas vão piorar muito antes de começar a melhorar”, prometia, alegando que precisava primeiro arrumar a casa. Deu certo, e o país recuperou sua economia.

Ela também resgatou a importância dos premiês britânicos para o cenário internacional, ao fazer a ponte entre Estados Unidos e União Soviética – isso a partir da chegada de Mikhail Gorbachev ao poder, em 1985, porque antes a Dama de Ferro fazia de tudo para ajudar os americanos na formação de uma corrente de defesa militar, composta de mísseis balísticos e nucleares sempre prontos a dar o primeiro disparo.

Chefe durona

A premiê também defendeu com ardor (como fazia com tudo) que o Reino Unido continuasse fazendo parte da comunidade de países europeus. A adesão acontecera em 1973, mas era questionada com frequência. Se os britânicos fizeram parte da União Europeia até 2016, quando votaram pela saída do bloco, foi em grande parte graças à influência de Thatcher.

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Os debates sobre a União Europeia e uma nova fase de dificuldades econômicas puseram fim ao regime da premiê. Thatcher deixou o cargo em novembro de 1990. Recebeu o título de baronesa e se tornou uma palestrante muito bem- sucedida. Morreu em 2013, aos 87 anos.

Em 1999, um de seus principais assessores, John O’Sullivan, diria que ela era dura consigo mesma e com os mais próximos, especialmente seus ministros. “Mas havia uma distinção: quanto mais humilde a posição, mais agradável ela era.”

Seus grandes acertos

Modernizou o país

As duras medidas econômicas estabelecidas pela premiê ajudaram a recuperar a economia do país e a melhorar o setor produtivo.

Aproximou inimigos

Thatcher diminuiu os atritos entre dois líderes com quem tinha boas relações, o americano Ronald Reagan e o soviético Mikhail Gorbache.

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Venceu uma guerra

Foi sob seu comando que os britânicos superaram os argentinos na Guerra das Malvinas, e assim mantiveram o poder na região.

Seus grandes fracassos

Agravou diferenças

Para os críticos da premiê, as políticas que ela defendia acabaram por aumentar a distância entre os mais ricos e os mais pobres do país.

Não negociava

Intransigente, nunca mudava de ideia. Mesmo quando ficava claro que sua posição estava errada, ela enchia o ouvinte de fatos a seu favor.

Reduziu o leite

Como secretária da Educação, em 1970, tentou diminuir a distribuição de leite gratuito nas escolas. A repercussão foi péssima.

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Dica de filme

A Dama de Ferro, de 2012, retrata a fase final da vida de Thatcher, interpretada por Meryl Streep.

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