Lugares assombrados do Brasil, parte 2: Vivenda Santo Antônio
A obra, a vida e até a casa do escritor Gilberto Freyre estão ligadas a casos sombrios
Gilberto Freyre foi um dos escritores mais importantes do Brasil. Além de Casa-Grande & Senzala, publicou dezenas de livros. Entre eles, Assombrações do Recife Velho, com relatos de fatos sobrenaturais. Não sabia ele que sua própria casa, a Vivenda Santo Antônio de Apipucos, um casarão colonial comprado nos anos 30, também era assombrada.
A primeira aparição rolou no fim dos anos 70, notada pela nora do escritor, Cristina. Ela via um menino, em torno de 10 anos de idade, andando pela casa. A aparição coincidiu com a construção de uma piscina na área que havia sido a senzala da propriedade na época colonial. O espírito só sumiu quando a família mandou rezar uma missa ao garoto numa igreja da cidade.
Após a morte de Gilberto Freyre, em 1987, a casa foi transformada em um museu da sua obra. Com os móveis e objetos até hoje no mesmo lugar, há quem diga que o casarão abriga outros fantasmas. Um deles é Seo Neo, escravo liberto e antigo funcionário da Vivenda, que às vezes aparece sentado em um banco do quintal, guardando a entrada da casa.
Funcionários da Fundação Gilberto Freyre já relataram que outros fenômenos acontecem na casa, como lâmpadas piscando sozinhas. Até o espírito da esposa do escritor, Magdalena Freyre, morta em 1997, teria aparecido no quarto do casal. Os restos mortais dela e do marido estão em um memorial, que fica dentro da Vivenda.
CONSULTORIA Angela Arena, pesquisadora e professora de turismo na Faculdade Anhanguera, e Mateus Fornazari, do site Sobrenatural
FONTES Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada de Recife, Fundação Gilberto Freyre; programas de TV Ghost Hunters International (SyFy); Linha Direta (Globo) e Fantástico (Globo); jornais Diário de S. Paulo, Folha de Pernambuco, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Fluminense; sites G1 e R7; revista VEJA; livros Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, Histórias Mal-Assombradas do Caminho Velho de São Paulo e Histórias Mal-Assombradas do Tempo da Escravidão, de Adriano Messias; e tese de doutorado Trabalho e Cotidiano na Mineração Aurífera Inglesa em Minas Gerais: A Mina da Passagem de Mariana (1863-1927), de Rafael de Freitas e Souza