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Lambida de cachorro pode causar doenças?

Idosos e portadores do vírus HIV devem evitar esse tipo de contato

Por Julia Moióli
Atualizado em 22 fev 2024, 10h36 - Publicado em 26 ago 2015, 16h37

GESTO INOCENTE

Fazer contato com a língua de um animal de estimação vacinado e saudável não traz grandes riscos. Os microrganismos causadores de doenças presentes na saliva de cães e gatos não passam pela nossa pele, uma das principais proteções do organismo. Já idosos e portadores do vírus HIV devem evitar esse tipo de contato por terem o sistema imunológico debilitado

PORTA DE ENTRADA

Mucosas dos olhos, do nariz e da boca, assim como qualquer lesão microscópica na pele, podem facilitar a entrada para invasores. Em contato com a saliva de cães, gatos, coelhos e roedores, essas regiões podem abrir passagem para o vírus da raiva, por exemplo. Outras ameaças são micoses, meningite, salmonelose, gastroenterite e parasitas (cães e gatos lambem seus genitais e ânus)

FERIDAS ABERTAS

Saliva infectada pode entrar no corpo por ferimentos causados por mordidas. Se o ataque vier de um cão, pode haver transmissão de raiva, micoses e verminoses. Uma abocanhada de gato pode passar a bactéria Pasteurella multocida, que afeta a circulação e a mobilidade. Arranhões dos bichanos também contêm a Bartonella henselae, que causa a doença da arranhadura do gato

PERIGO NO AR

Na saliva dos gatos há ainda uma proteína chamada Fel d1, que é a principal causadora de alergia. Como eles lambem todo o corpo para se limpar, esse agente se acumula em sua pele e pelos, que, quando descamam e caem, se espalham por todas as superfícies. Por isso é tão perigoso para quem é alérgico estar no mesmo ambiente onde vive um bichano

Fontes: Revistas SUPERINTERESSANTE, Época e VEJA e sites cdc.gov, Fiocruz, Harvard, Hospital Israelita Albert Einstein e The Wall Street Journal

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Consultoria: Camila Appolinário (veterinária e pós-doutoranda na Unesp-Botucatu), Igor Luiz S. Senhorello, Thatiana Felix Sanches, Mirela Tinucci Costa e Natalia Maria Aguilar, veterinários da Unesp-Jaboticabal, e Rubens Carneiro, veterinário da UFMG

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