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6 perfis fakes que enganaram milhares de pessoas

Eles eram populares, levavam uma vida incrível e viviam sorrindo... só quando a câmera estava ligada

Por Felipe Sali
Atualizado em 22 fev 2024, 10h09 - Publicado em 27 nov 2017, 17h58
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(Otavio Silveira/Mundo Estranho)

Clique-drinque
A parisiense Louise Delage, de 25 anos, tornou-se uma das influenciadoras mais descoladas da França. Suas fotos na praia e em festas causavam inveja, mas ninguém notou que, em todas as 150 publicações, ela estava com uma bebida nas mãos. Em setembro, a garota fez um último post: revelou que seu nome não era “Louise” e que a conta era uma intervenção da agência de publicidade BETC para a campanha “Curta meu vício”, que busca conscientizar a população sobre o alcoolismo entre jovens.

 

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A arte da trollagem
Amalia Ulman foi outro exemplo de vida luxuosa que só existia no reino ilusório do Instagram. Desta vez, os vários posts com hotéis cinco estrelas, vestidos de alta-costura, joias, comida gourmet e viagens não eram um experimento científico, e sim uma performance virtual dessa artista argentina radicada nos EUA. Intitulada Excelências e Perfeições, a ideia foi elogiada pelo jornal The Telegraph como “uma das mais originais e excelentes obras de arte em circulação da era digital”.

 

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O milionário fabricado
Com um insta repleto de carros luxuosos, comida boa e viagens, Boris Bork rapidamente se tornou famoso na Rússia e no mundo. Milhares de pessoas o admiravam e marcas até propuseram anúncios. Mas tudo não passava de um experimento do consultor de marketing (pobretão) Roman Zaripov. “Me surpreendi como, gastando só US$ 800 [cerca de R$ 2,5 mil] em dois meses, pude fazer com que dezenas de milhares de adultos acreditassem em uma pessoa que não existe”, afirmou.

 

 

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Fórmula pronta
Quando um expert em mídias sociais contou ao jornalista Max Chafkin que poderia transformar qualquer pessoa em “webcelebridade”, Chafkin pagou para ver. As regras propostas pelo entrevistado incluíam descobrir um nicho pouco concorrido (no caso, moda), pegar roupas emprestadas, fazer fotos profissionais todas no mesmo dia e publicá-las aos poucos. Também valia usar bots ou até fotos de comidas feitas por uma fotógrafa contratada. Deu certo: Chafkin chegou a 1,4 mil seguidores em um mês.

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A nova Clarice Lispector
“Você veio aqui para fazer algo. Descubra o que é e faça.” Com tuítes assim, Santiago Swallon angariou milhares de seguidores dispostos a viralizá-lo. E não era por menos: seu perfil dizia que ele era orador do TED, um prestigioso serviço de palestras. Sua página na Wikipedia também era impressionante. Mas, claro, ele não existia: havia sido criado pelo engenheiro do MIT Kevin Ashton. Ele comprou seguidores, forjou um selo de verificado, tuitou coisas aleatórias e esperou a mágica acontecer.

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“Eu não aguento mais!”
A australiana Essena O’Neill, 19 anos, conquistou o sonho de muita gente: dezenas de milhares de seguidores que babavam em cada detalhe de sua vida. Até o dia em que a pressão de manter aquela imagem perfeita foi demais. Para se libertar, trocou a legenda de várias fotos para revelar os sórdidos bastidores. Por exemplo: posts em que praticava ioga de manhã, em pura serenidade, na verdade, haviam sido clicados à tarde, com muito estresse até achar a pose ideal.

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FONTES Sites Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, VEJA, The Guardian, El País, The New York Times, The Daily Mirror, The Telegraph, Track Mavens, O Globo, EXAME, Brainstorm 9, Meio e Mensagem, Olhar Digital, Bloomerang e Buzzfeed News Brasil

 

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