Infográfico: Como é um caminhão de bombeiros?
Cada viatura é projetada para um tipo de ocorrência. Confira o infográfico de um deles, o autobomba escada, e mais detalhes sobre outros três
1) ACESSÓRIOS
Na lateral da escada há uma tubulação rígida que leva a água até um esguicho, acionável por controle remoto. Assim, o combatente nem precisa subir. Também é possível acoplar outros itens na ponta da escada, como uma plataforma ou um cesto, para facilitar salvamentos em altura. Na plataforma, também há um painel de controle.
2) CABINE DUPLA
Além do motorista, que é um bombeiro treinado para dirigir esse tipo de transporte, o ABE pode levar até cinco combatentes. Na cabine dupla, cada banco tem encostos especiais, com encaixes para o equipamento de proteção respiratória: o bombeiro pode vestir o EPI antes de entrar e terminar de se equipar dentro do caminhão, a caminho do incêndio.
3) PAINEL DE COMANDO
É a central de controle da bomba de água e de outros equipamentos. Lá estão os manômetros (indicadores de pressão) das saídas de água, válvulas, horímetro (um tipo de relógio de utilização), controles do sistema de espuma, voltímetros etc. Há saídas de água e de espuma para encaixar as mangueiras – os bocais maiores são para recarregar o tanque.
4) ESCADA GIRATÓRIA
Em geral, os caminhões ABE são importados e chegam ao Brasil montados. Nesse modelo, a escada giratória é feita de alumínio, tem uma extensão de até 19 m, gira 360 graus e seu controle hidráulico fica na parte de trás do veículo. Um sistema de segurança impede que o caminhão se movimente com a escada erguida.
5) TANQUE
Como o ABE leva uma escada e outros equipamentos, sobra pouco espaço para o tanque de água, que comporta apenas 1.800 litros. Mas ele pode ser recarregado por meio de um hidrante na rua, de outra viatura (como um caminhão-pipa) ou sugando água de piscinas ou rios. Há também um tanque menor, de líquido para espuma, que faz a água render até seis vezes mais.
6) BOMBAS DE ÁGUA
Tem pressão de até 3.785 litros por minuto, mas essa potência dificilmente é usada, porque esvaziaria o tanque em 30 segundos! Nessa força, o jato que sai de um esguicho pode alcançar mais de 70 m. Uma mangueira de menor calibre, chamada “mangotinho”, é usada para apagar chamas isoladas e em trabalho de rescaldo.
7) SAPATAS DE ESTABILIZAÇÃO
Antes de erguer a escada, é preciso aumentar a estabilidade e nivelar o caminhão, colocando calços nos pneus e estendendo quatro suportes: as patolas. Eles ampliam a base de apoio da escada, evitando que ela faça uma alavanca e tombe o veículo. As sapatas são montadas em grandes calços de madeira, que evitam que o chão ceda.
OS OUTROS TIPOS DE CAMINHÃO
No infográfico acima, você conheceu o autobomba escada (ABE), um veículo versátil que “mistura” qualidades de outros modelos. Confira-os:
A) Autossocorro de Emergência (ASE)
Viatura ágil e versátil, repleta de armários para levar equipamentos aos mais variados tipos de ocorrências, de engavetamentos no trânsito a buscas em áreas alagadas. Pode ter um tanque de água e leva ferramentas de desencarceramento, reboque, primeiros socorros e extintores, entre outras coisas.
B)Autoescada (AE)
Para salvamentos em altura, os bombeiros podem levar este caminhão de apoio. Sua escada giratória tem até 60 m (equivalente a um prédio de 20 andares) e aguenta até 400 kg de peso na ponta ou 800 kg ao longo da extensão. Também suporta acessórios como plataforma, cesto ou maca. Em compensação, ele não tem tanque de água.
C) Autobomba Tanque (ABT)
Sua função é carregar o máximo de água e espuma. O tanque pode chegar a 6 mil litros de água. Com líquido de espuma, esse volume é multiplicado em até seis vezes. Mangueiras de dois calibres (38 cm e 63 cm) ficam armazenadas nas laterais, junto a esguichos, adaptadores e conectores, chaves para abrir hidrantes e outros equipamentos.
FONTES Escola Superior de Bombeiros de São Paulo e Corpo de Bombeiros de São Paulo e do Distrito Federal; sites Pierce, E-One, Magirus, Iturri, Iveco eHolmatro
CONSULTORIA Capitão Diógenes Martins Munhoz, tenente Diego Assunção Verde, sargento Hélio Pires Braz Filho, Marco Mello, diretor da Iveco para veículos de combate a incêndio, e Cassio Rockenbach, gerente comercial da Mitren