Sim, mas é bem difícil encontrá-los, pois morrem rapidinho. As plantas albinas não conseguem produzir clorofila, o pigmento que dá cor verde às folhas. Até aí, tudo bem. Acontece que a clorofila é essencial na fotossíntese, a reação química que gera energia para os vegetais. Nas plantas normais, essa substância tão especial é fabricada por estruturas conhecidas como cloroplastos (credo!). Mas nas albinas, mutações genéticas fazem com que esse equipamento não funcione. “O vegetal morre quando acaba o estoque de alimento na semente”, diz o botânico Cláudio Nicoletti de Fraga, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O que pode ocorrer são vegetais malhados, com algumas folhas brancas e outras verdes. Esses ainda conseguem levar a vida, porque as folhas verdes fabricam alimento para a planta toda. Mas nem todos os vegetais precisam de clorofila para se sustentar.
É o caso das plantas saprófitas (credo 2!), que conseguem seus nutrientes graças a uma associação com os fungos que decompõem animais e vegetais mortos. “Algumas orquídeas utilizam esse processo e desenvolvem folhas de diferentes cores: brancas, vermelhas, amarelas ou mescladas”, diz o especialista.
A “orquídea fantasma” (Cephalanthera ustinae) é um exemplo de planta albina
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