E se Hitler tivesse vencido a 2ª Guerra Mundial?
Reinventamos os fatos e narramos como seria a guerra se Hitler tivesse vencido
A Segunda Guerra, que aconteceu entre 1939 e 1945 e colocou os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e EUA) contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão), foi o maior confronto que o mundo já viu. Foi a guerra mais sangrenta da história – cerca de 50 milhões de mortes! O desfecho da vida real, todos sabemos: a Alemanha nazista foi derrotada e o ditador Adolf Hitler se matou em um bunker em Berlim para não ser capturado.
Mas e se a história fosse diferente? Abaixo, reinventamos os fatos e narramos como seria a guerra se Hitler tivesse vencido. Fique ligado: os textos com fonte normal contam a história inventada, enquanto os textos com a legenda “Na Vida Real…” e em itálico narram o que aconteceu de verdade.
1) NEUTRALIDADE À FORÇA
No início da guerra, a Alemanha nazista teria partido sem dó para cima da Inglaterra. Além de evitar a retirada de Dunquerque, que poderia dar uma sobrevida ao Exército inglês, os alemães ainda teriam iniciado uma operação para invadir as ilhas britânicas. Pressionados, os ingleses não teriam outra saída: aceitariam um acordo político e seriam obrigados a permanecer neutros até o final da guerra
NA VIDA REAL… Hitler admirava a Inglaterra. De acordo com o historiador militar Liddel Hart, o ditador comparava a Inglaterra à Igreja Católica, dizendo que ambos ajudavam a estabilizar o mundo. Essa admiração fez com que Hitler hesitasse em ocasiões importantes contra os ingleses
2) VELOCIDADE MÁXIMA
Em maio de 1940, Hitler daria o primeiro grande passo para ganhar a guerra ao aceitar a sugestão do general Heinz Guderian. Ele sugeriu avançar com velocidade máxima sobre as forças aliadas que estavam na França. Os soldados ingleses seriam cercados em Dunquerque e não teriam tempo de fugir. Com o Exército detonado, a Inglaterra aceitaria um cessar-fogo com a Alemanha
NA VIDA REAL… Em 1940, a Alemanha invadia facilmente a França quando Hitler mandou brecar o avanço de seus tanques, com medo de um contra-ataque. Isso deu tempo para os ingleses, aliados da França, mandarem seu Exército de volta para a Inglaterra, na retirada de Dunquerque
3) UM INIMIGO A MENOS
Sem desrespeitar o pacto com Japão e Itália, a Alemanha optaria por ficar na dela quando os japoneses puxaram os EUA para a briga com o ataque a Pearl Harbor. Os americanos entrariam em guerra contra o Japão, mas não contra a Alemanha. Sem o apoio dos EUA, ingleses e franceses não teriam como retomar a Europa invadida, e Hitler concentraria suas forças contra os soviéticos
NA VIDA REAL… Itália, Alemanha e Japão fizeram um pacto: declarariam guerra contra qualquer país que atacasse um deles. Como foi o Japão que atacou os EUA, em 1941, a Alemanha não era obrigada a entrar em guerra com os americanos. Mas Hitler declarou guerra aos EUA dias depois
4) PESQUISAS BOMBANDO
Durante a Segunda Guerra, a Alemanha contaria com um dos maiores cérebros da ciência: Werner Heisenberg. Com ele à frente do projeto, os nazistas focariam todos os esforços tecnológicos na busca de obter a bomba atômica. Ao conseguir a bomba antes dos EUA, Hitler não teria dúvidas: arrasaria Moscou e forçaria a rendição imediata da União Soviética
NA VIDA REAL… Os EUA unificaram esforços para criar a bomba atômica. Já os alemães tinham equipes rivais, uma militar e outra civil, trabalhando em projetos separados. Em 1942, a Alemanha ainda preferiu focar as pesquisas em reatores nucleares para gerar energia, e não bombas
5) AMIGO-PROBLEMA
No início da guerra, Hitler teria tentado controlar os passos do aliado Mussolini. Mesmo assim, o ditador italiano bancaria a invasão da Grécia e se daria mal. Hitler não pensaria duas vezes: recusaria o pedido de ajuda imediata à Itália e seguiria com força total rumo à União Soviética. Sem perder tempo com os gregos, os alemães não enfrentariam o duro inverno russo e derrotariam Stálin
NA VIDA REAL… Ditador italiano, Mussolini era aliado de Hitler, mas vivia se encrencando. Em 1940, invadiu a Grécia, mas levou um contra-ataque dos gregos. Hitler decidiu ir em socorro de Mussolini e atrasou um decisivo ataque à União Soviética em quase um mês
6) HORA DE RECUAR
Hitler não poderia resistir à tentação: tomar Stalingrado, a cidade que levava o nome de um dos seus grandes rivais, o líder soviético Stálin. Mas, quando ele visse o exército alemão quase cercado e percebesse que aquela poderia ser uma das batalhas mais sangrentas da história, ordenaria a retirada da cidade. Dessa forma, o recuo não abalaria tanto a moral das tropas alemãs e ainda evitaria a perda de um exército
NA VIDA REAL… Em 1942, Hitler tentou tomar o sul da União Soviética,região rica em petróleo. Só que deu uma “desviadinha” para tomar a cidade de Stalingrado – hoje Volgogrado. Após seis meses de duros combates, os alemães sofreram sua primeira grande derrota na guerra
O MUNDO DEPOIS
Ao final do conflito mundial, duas potências dominariam o planeta: a Alemanha e os EUA. Nos 40 anos seguintes, países europeus enfrentariam níveis de pobreza africana, o Brasil entraria em guerra e a União Soviética sumiria do mapa!
Império Nazista Além da Áustria e da Polônia, a Alemanha anexaria ao seu território os países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) e a parte europeia da Rússia
Parceiros do Eixo Os dois aliados de Hitler na guerra também estenderiam seus domínios: a Itália tomaria o norte da África e a Albânia, enquanto o Japão controlaria o Sudeste Asiático, um pedaço da Índia, a China e a Rússia Oriental
Ditadores Aliados Países como Espanha, França, Portugal, Finlândia, Hungria, Romênia e Bulgária teriam mantido ditaduras independentes, mas simpatizantes do império nazista
Fantoches do Império Países como Grécia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Noruega, Suécia, Irlanda e Turquia passariam a ser administrados por dirigentes escolhidos pelos alemães
CORTINA DO ATLÂNTICO
Nas primeiras décadas após a vitória nazista na Segunda Guerra, o mundo se dividiria em dois blocos. De um lado, os países sob influência dos EUA, que dominaria quase toda a América Latina. De outro, os países alinhados com a Alemanha, que manteria influência sobre toda a Europa e a maior parte da África e da Ásia. Separando os dois blocos, havia uma linha imaginária: a Cortina de Ferro do Atlântico
LONDRES, CIDADE DE ESPIÕES
A Inglaterra, que teria feito um pacto de não-agressão com os nazistas durante a guerra, penaria para se manter como um território neutro num mundo dividido entre Alemanha e EUA. Por conta disso, Londres acabaria sendo escolhida como a sede da ONU. Nos tempos da Guerra Fria, a cidade se transformaria na capital mundial da espionagem
OPRESSÃO CONTRA OS ESLAVOS
Hitler sempre considerou os eslavos povos inferiores. Assim, após vencer a guerra, condenaria à miséria total bolsões com populações eslavas na Polônia, Rússia, Ucrânia e Iugoslávia. Seus habitantes passariam a ser usados como burros de carga para trabalhos pesados. Acabariam se tornando países com péssima qualidade de vida, que lutariam para se reconstruir após o declínio do Império Nazista
BRASIL X ARGENTINA
A rivalidade entre os dois países ultrapassaria (e muito!) os níveis de hoje. Durante a guerra, a Argentina teria meio que “paquerado” os nazistas. Com a vitória de Hitler, os hermanos virariam o maior aliado da Alemanha na América do Sul. A rivalidade com o Brasil, alinhado com os EUA, cresceria a cada dia… O conflito inevitável entre os dois países estouraria na década de 1950. Tropas americanas e nazistas, disfarçadas de consultores, entrariam na briga para reforçar seu lado. Após alguns anos de batalhas na fronteira, surgiria um cessar-fogo, mas a paz definitiva entre os dois países jamais seria assinada. Dessa forma, a região da Tríplice Fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai) se tornaria uma zona desmilitarizada, coberta de minas e arame farpado. É uma situação parecida com a das duas Coreias no pós-guerra da vida real
GUERRA FRIA
Americanos e alemães não se atacariam diretamente após a Segunda Guerra, mas se envolveriam na chamada Guerra Fria. Uma das características dessa guerra indireta seriam os conflitos regionais entre aliados das duas potências. EUA e Alemanha financiariam vários países em brigas regionais para tentar expandir sua influência. Essa disputa não demoraria a atingir a América do Sul, gerando o conflito entre Brasil e Argentina
POVO SEM PAÍS
Exterminados durante a Segunda Guerra, os judeus sumiriam da Europa. Os que pudessem, teriam se refugiado principalmente nos EUA. Lá, seriam criadas redes clandestinas de defesa dos judeus e alguns grupos passariam a cometer atentados à bomba nos territórios dominados pelos nazistas. Os mais radicais não se importariam de atingir alvos civis na luta pela criação de um Estado judeu
O FIM DO IMPÉRIO
No final da década de 1980, a Alemanha nazista começaria a desmoronar
Não seriam os EUA que acabariam com o Império Nazista após 40 anos de pesadelo para o mundo. A Alemanha desmoronaria por dentro mesmo. Enquanto Hitler estivesse vivo, seus principais braços direitos – Goebbels (ministro da Propaganda), Goering (líder da Força Aérea) e Himmler (chefe da polícia secreta) – manteriam uma “paz armada”. Porém, após a morte natural do ditador, no final da década de 1970, o pau comeria solto entre as diferentes facções interessadas em comandar o Império Nazista. A disputa pelo poder iria enfraquecer a Alemanha gradualmente e estimular os povos e países oprimidos a se libertarem. Tudo, é claro, com o apoio por baixo dos panos dos EUA. No final da década de 1980, com o Império Nazista desfeito, os americanos posariam como os grandes vencedores da Guerra Fria