Sim. Quando nos emocionamos, nosso cérebro é estimulado e desencadeia uma mecânica complexa, que comprime a glândula lacrimal e libera lágrimas em excesso.
E não há água externa que faça esse processo parar, como garante o oftalmologista e presidente do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg. Portanto, a cena do filme Os Descendentes (2012), de Alexander Payne, em que Alexandra (Shailene Woodley), a filha mais velha de Matt King (George Clooney), chora enquanto nada em uma piscina, não é apenas uma liberdade poética da ficção.
Lottenberg lembra, no entanto, que o choro envolve uma série de outras ações que podem ou não acompanhá-lo, como soluçar. “Tudo isto pode acontecer embaixo da água desde que não cause nenhum desconforto à pessoa.” Então, melhor chorar fora d’água para não se engasgar.
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