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Como se clona um telefone celular?

O processo é perigosamente fácil. Mas, para entendê-lo, primeiro é preciso saber como funciona o celular. Essencialmente, ele é um rádio que pode receber ou transmitir sinais em cerca de 800 faixas de freqüência. As operadoras dividem as cidades em setores chamados células – sacou o porquê de “celular”? Dentro de cada célula há um […]

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h11 - Publicado em 18 abr 2011, 18h50

O processo é perigosamente fácil. Mas, para entendê-lo, primeiro é preciso saber como funciona o celular. Essencialmente, ele é um rádio que pode receber ou transmitir sinais em cerca de 800 faixas de freqüência. As operadoras dividem as cidades em setores chamados células – sacou o porquê de “celular”? Dentro de cada célula há um retransmissor de freqüências, as antenas que vemos espalhadas por aí. O celular se conecta à antena mais próxima, o que permite a movimentação durante uma chamada. Centenas de pessoas usam a mesma faixa, mas, cada aparelho tem um código que mantém a conversa direcionada apenas entre o aparelho que efetuou a chamada e o que a recebeu. É aí que entra em cena a clonagem. Com os equipamentos certos, um falsário pode encontrar uma freqüência em uso e capturar o código do aparelho que está nela. “Eu gastava 330, 350 reais por mês. Imagina meu susto quando vi a conta de 3 700 reais!”, afirma o representante comercial Luís Gustavo Cerpim. Segundo o Procon de São Paulo, o ônus da clonagem é das operadoras, que precisam oferecer redes seguras.

Ladrões de linhas

Falsários preferem agir nas proximidades dos aeroportos

1. Clonadores gostam de agir perto de aeroportos. Como nem sempre a tecnologia digital das operadoras é igual, elas mantêm canais analógicos para as pessoas usarem os telefones fora de suas cidades. Quando você desembarca em outra cidade e liga o celular, ele fica por algum tempo conectado às redes analógicas

2. O simples fato de o celular ser ligado nessa situação (mesmo sem realizar chamadas) faz ele se conectar à antena mais próxima. Isso abre uma brecha para o clonador, pois é muito mais fácil penetrar no sistema de transmissão por ondas da rede analógica que no sistema binário (seqüências de 0 e 1) da rede digital

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3. Normalmente o clonador monta seu “escritório” em alguma casa ou sala próxima do aeroporto. Lá, ele instala um scanner de ondas e um rádio receptor de multifreqüência para “fisgar” a transmissão analógica. Os dois equipamentos ficam conectados a um computador

4. Com o scanner e o rádio, o falsário captura uma freqüência de ondas pela qual trafega o sinal do celular da vítima. Esse sinal capturado tem o código do aparelho, o número, o registro e outros dados usados pela operadora para calcular a conta

5. A codificação do aparelho é guardada no computador e depois transferida para um celular “frio” — em geral, um aparelho roubado. A clonagem é feita em qualquer celular sem linha, desde que ele seja da mesma tecnologia (TDMA, CDMA ou GSM) do aparelho que teve o sinal roubado. Certas tecnologias, porém, são mais seguras — como a GSM

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6. O aparelho-clone pode ligar para qualquer lugar e é usado por quadrilhas de seqüestradores e interessados em ligar para “disque-sexo”, entre outros fins. Como ele usa a codificação do celular clonado, os débitos vão para a conta do proprietário real, que percebe que foi vítima de um golpe quando abre a próxima fatura

Disque-prevenção

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Existem alguns truques para dificultar a vida dos clonadores

• Desligue seu celular perto de aeroportos e rodoviárias. Deixe para acioná-lo apenas quando estiver distante desses lugares

• Se não puder desligá-lo, programe o aparelho para usar uma rede digital em vez de deixá-lo buscar automaticamente uma analógica. Todos os celulares têm esse recurso

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• Confira mensalmente sua conta para ver se há chamadas para números estranhos. Existem clonadores que roubam apenas algumas dezenas de reais por mês

• Para não contribuir com esse crime, ao comprar um aparelho usado, veja se ele não é roubado, checando se não há registro no Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (Cemi)

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